sexta-feira, 29 de outubro de 2010

HOJE, A MADRUGADA



HOJE, A MADRUGADA
   Nilton Bustamante

A madrugada em minha janela
Não encontra ninguém – disse ela –
Que não houvesse nada além do ouvir,
Nada mais pra sentir

Madrugada, mulher que abre
Tão íntima suas pernas, nega depois
- disse ela – que é melhor assim
Mentir doce pra mim

Antes ferir achar melhor odiar,
Desprezar, sem saber o que fazer
Com o nosso amor, tudo acabou
E sobrou só nós dois

Cada lado, cada qual caminhando
Errado pensando ser sem arranhão
Então diz porque toda música
De amor, desmente nós dois,
Desmente o que nos separou?

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