GATA LYS E SUA ESPERA
Autor: Nilton Bustamante
Chego mansa, de mansinho, anteninhas alertas − perigo constante − pois a vida é pouca, somente sete.
Antes, piso leve, de levinho, cada unha, canivete feito pluma pairando pelo ar − sou quase sombra – estou em tudo, nenhum lugar, dá pra imaginar?
Ah, que saco, ficar sozinha! Esperando, esperando o anoitecer de quem prometeu voltar.
Pulo, mio, faço rom-rom, dou chilique − quem ama sabe – afinal, sou passional, sou animal!
Não me importo botar o meu miau no mundo, chamar a atenção, que se dane a vizinha, é que a saudade é tanta, tanta, o jeito é ficar brincando com o dia esperando a noite chegar...
Ops! Psiu!
Lá vem quem eu espero com lanternas no olhar.
O barulhinho do elevador...
Chegou a mammys fazendo graça, fazendo festa... Não deixo por menos, faço pirraça, faço tipo só pra me valorizar...
Ah, nãoooooooo!
Tudo estava tão bemmm, mas, ela, a mammys, agora – imagine – começa a cantar?!
Dou uma mordida − ela vai reclamar, eu sei − mas, quem tem ouvidos pra aguentar?
Ihihih!
Miau pra você, mammys, miau miau! Vamos brincar? :)
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário