terça-feira, 19 de agosto de 2014

DESDOBRAMENTO E PASSIVIDADE



Estimados irmãos em Jesus,
todos nós, encarnados, quando adormecemos para recuperar as energias gastas do nosso corpo físico da jornada anterior, ainda que com a alma ligada ao corpo carnal, seguimos para outros campos de Deus, para angariarmos experiências, aprendizados, e conforme o caso até sermos úteis para alguma finalidade maior. Desses “desdobramentos da alma”, ao acordarmos no mundo dos homens, algumas vezes nos lembramos dessas andanças, outras não... Mas, tudo fica registrado em nosso íntimo!
O que segue é um sincero relato que tivemos, recentemente, em uma dessas oportunidades. A finalidade é um convite para nos levar para certas reflexões em nossos estudos, principalmente, na Casa Espírita...


Título: DESDOBRAMENTO E PASSIVIDADE

por Nilton Bustamante

Após firmar o pensamento e o sentimento de gratidão a Deus, Jesus e amigos da Espiritualidade, largo a nave, meu corpo físico, e sigo por onde minha proteção e irmãos benditos me levar...

Encontro-me em um salão. Há várias pessoas. De alguma forma, sei que me é um tanto familiar. O ambiente pertence a um conhecido médium da cidade de São Paulo, que, no passado, já foi mais ativo em sua mediunidade ao pintar inúmeros quadros, como se fosse um raio que fizesse tudo aquilo, às vezes de forma simultânea, com as duas mãos, quando cada uma delas era “levada” por um Espírito diferente: cada artista comandava a sua própria obra, manuseava o seu próprio pincel. Esses pintores foram grandes em suas épocas de encarnados. Inclusive com o endosso do próprio Chico Xavier, quando recebeu a visita desse médium, quando jovem, há muitos anos.

Pois bem, acabo sentindo uma força, algo quer me fazer impulsionar para a pintura. Eu resisto. Mas, em mim vem à inspiração amiga para que eu devo me soltar, deixar fluir... Logo percebo que outra “self” começa a registrar em meu corpo, outra personalidade, outro temperamento. A fala sai de maneira mais grosseira, sem paciência, reclama dos assistentes, quer saber de “suas” tintas e crayons. Sem hesitar começo a manusear todo aquele material, e, frenético, começo a pintar.

 − Mas, o interessante, que eu não enxergo o que “eu mesmo” pinto nas telas −.

Depois de inúmeros movimentos, essa “energia” afasta-se, assim eu posso me maravilhar com as telas. São imagens de acelerar a alma, de tanta beleza. Duas imagens, diferentes. Uma ao lado da outra. Penso que são duas telas, pois as imagens e temas são diferentes entre si.


E, antes de eu mesmo perceber, novamente essa “energia” vem e me invade e começa tudo novamente. Mais movimentos curtos, sem paciência, como se tivesse muita pressa para fazer brotar da tela branca, o que há por dentro dela. E outra vez, alguns minutos depois, essa influência se distancia um pouco de mim, e eu consigo ver o que foi produzido. Agora, a imagem da esquerda, era a do próprio médium encarnado, muito conhecido, dono daquele espaço físico. Foi pintado magistralmente, com uma aparência bem mais jovem, bem imponente, como se posasse para a posteridade. E a outra imagem da direita, é algo muito interessante: um cenário de flores, campo florido, muito delicado, algo desbotado e ao mesmo tempo de vibrantes tons diversos de azuis, como se isso fosse possível −. Um paradoxo!

Intuitivo, eu olho para o meu lado direito, logo atrás, vem o Espírito, o autor das pinturas, com sua barba rala, nossos olhares se encontram. Reconheço-o imediatamente. Ele, em sua época de encarnado, por suas passagens pelos campos da França, trabalhou arduamente para lidar e entender as novas formas e as almas das luzes. E menos que um piscar de olhos, tempo o suficiente para num impulso me trazerem novamente para meu corpo físico que me esperava em minha cama. Desperto!

Agora, pensando nisso tudo, nessa nossa experiência, o interessante, para mim, foi dar “passividade” ao mesmo tempo em que se estava em “desdobramento de alma”. Algo novo para mim, pelo menos não está na tona do meu consciente. Foi uma sensação que precisamos refletir muito mais para sabermos dos propósitos e das possibilidades na vida espiritual.

Mas, seja o que for, agradecemos a Deus, a Jesus Cristo e à Espiritualidade Bendita, e a outros de boa vontade que nos permitiram experienciar alguns elementos a mais para as nossas íntimas reflexões, para se alcançar um útil propósito.

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Vivaldi
https://www.youtube.com/watch?v=RMHguvZPcqQ&

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