MORTE ANUNCIADA
Nilton Bustamante
Parece fantasia acreditar que eu seria capaz
Zelar por quem tem apenas talento
Cuidar dos satélites e meteoros, jogar o lixo
Que insiste na porta e que não é meu
Parece fantasia pensar que eu seria capaz
Cuidar por quem tem apenas talento
Esse tormento sem amigo, somente satisfaz
Comendo o próprio vômito do violão
Chegará o dia que essa fome o vômito não mais saciará
Matará sem misericórdia e ambição as próprias cordas
Que um dia foi som, que um dia foi sonho, foi canção
Queria eu, agora, ser apenas mais um tolo e não ter o óbito dessa triste visão...
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