TIETÊ, AQUELE QUE FOI RIO
Nilton Bustamante
Não há beleza pra refletir
Não há riqueza pra seguir
Rastros perdidos
Outras picadas, estradas
Da perdição, sem oração
Sem coração e pulmões
Outrora formoso em imagens
Mergulhos inocentes,
Pescarias presentes, gentes gentis...
Canoas sob joelhos
Barcos rasgando o que foi virgem
Agora, a graxa, o óleo, mais crasso
Vísceras, excrementos violentos, insânias servis...
Marginais sem cadeias, sem pássaros, sem peixes
Lixo por todo lado, dentro dos olhos, olhos que se acostumaram
Pensar que sempre foi assim...
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