sábado, 31 de maio de 2014
A IRA DO OUTRO
A IRA DO OUTRO
autor: Nilton Bustamante
Quando o galo se olha no reflexo do espelho ele agride a imagem ameaçadora,
não se dá conta que a realidade é outra; simplesmente fica preso naquilo que vê e não consegue discernir...
Alguma semelhança com nós, seres humanos?
A nossa ira não vem da ira do outro, vem de nós mesmos!
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quinta-feira, 8 de maio de 2014
APAGA A LUZ
APAGA A LUZ
Autor: Nilton Bustamante
Sabemos que fomos muitos verões
madrugadas
tantas bocas erradas
sem saber por muito tempo
que não se poderia
continuar assim
Nada poderia ser
o que dizia os espelhos
nada poderiam
corações
enganados por filmes de amor
Autor: Nilton Bustamante
Sabemos que fomos muitos verões
madrugadas
tantas bocas erradas
sem saber por muito tempo
que não se poderia
continuar assim
Nada poderia ser
o que dizia os espelhos
nada poderiam
corações
enganados por filmes de amor
Quantas vezes ficamos sem saber
quem partia, quem ficava
sem amanhecer, sem nada dizer
quando se seguia
o que nos trazia
tristes ilusões...
doces amargos
pra escolher
quem partia, quem ficava
sem amanhecer, sem nada dizer
quando se seguia
o que nos trazia
tristes ilusões...
doces amargos
pra escolher
Até que fomos mais mundo
deixando a noite nos escolher
no silêncio
da espera
quando se acredita
nos sonhos
madrugadas
nesse voo, nessa marca
no beijo que vem quente e suspira frio
Somos filhos da noite
apaga a luz
fecha as cortinas
que o escuro é segredo e ninho de amor
Apaga a luz
se não por mim nem por você,
quem sabe então por nós...
deixando a noite nos escolher
no silêncio
da espera
quando se acredita
nos sonhos
madrugadas
nesse voo, nessa marca
no beijo que vem quente e suspira frio
Somos filhos da noite
apaga a luz
fecha as cortinas
que o escuro é segredo e ninho de amor
Apaga a luz
se não por mim nem por você,
quem sabe então por nós...
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Oswaldo Montenegro:
sexta-feira, 2 de maio de 2014
FACE TO FACE
Autor: Nilton Bustamante
Eu poderia ficar jogando pedras deslizando sobre espelhos d’água
Deixando todos os minutos passarem
Como passam as pessoas nas estações
Poderia ficar jogando poesias que deslizei sobre folhas em branco
Nos precipícios, achar até bonito
O flutuar para o nada, para nunca mais
Poderia tudo, poderia o nada
Que em seco vento de outono
Insiste me levar aonde não tenho como me agarrar, onde segurar
Eu que não toco piano, nem violão, guitarra...
Já cantei, já toquei imaginárias cordas, o tempo todo pra você
Em cena de cinema, câmera lenta, corrida pela praia em torno do abraço
Agora chegou a hora do olho no olho, face to face, sentados de frente
Apontando nossos narizes um pro outro, a ponto de ouvir corações
E nos falar tudo que se sente, tudo que se deseja
Chegou a hora meu amor, de apertar nossas mãos
E nos apresentar de verdade
Que os abismos já estão com poesias demais
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trilha do filme ‘ONCE’
http://www.youtube.com/watch?v=YXMiZwxwD4k
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