sexta-feira, 27 de janeiro de 2012



DEUS NÃO SE ESQUECE DOS SEUS FILHOS    (desdobramento em janeiro, 2012)

Autor:   Nilton Bustamante

Em “desdobramento” sou levado ao insólito.
Tudo é noite, em tudo falta luz por onde minha visão visita.
Na calçada, uma figura parada diante de mim: um semicorpo. Somente a cintura pra baixo, mas percebo que é de mulher. Sim, de mulher, apesar do corpo incompleto, o meu íntimo confirma. Mas, isso pouco importa. Da cintura pra cima, o invisível, o nada. Cintura abaixo, um corpo torneado dentro de uma calça branca justíssima, em movimentos sensuais. Mentalmente, ouço a voz daquela figura estranha, convida-me para um encontro. A insinuação é explícita, ativa, descontrolada. Pede-me carinho, implora, "diz" que precisa e muito... Uma intuição, uma voz interna leva-me a olhar fixamente para a parte invisível do corpo, para procurar entender isto tudo. Vejo neste “nada” que há um quase imperceptível contorno desenhando parcialmente a figura corporal. Parece até um apagado neon, extremamente fino, tênue, mas o suficiente para meus olhos da alma perceberem... Talvez seja o perispírito substancialmente mais denso.

Este ser tenta se aproximar de mim, me envolver. Dobro meu braço, deixo o cotovelo de escudo; aproveito o momento, tento encontrar alguma materialidade maior na parte invisível deste, quando o mesmo recua imediatamente. Diante da prece que eu começo, inspirado, a fazer para Nossa Mãe Maria Santíssima que intervenha em favor desta irmã em degradação moral tão evidente, o espírito deste ser afasta-se de vez e recolhesse em uma casa. E mesmo à distância continuo com a prece, com as súplicas. A porta da casa se abre e aquela entidade retorna, agora mostra-se por inteira, com seus cabelos longos e figura de mulher. À medida que eu oro, desfaz-se tanto quanto possível aquela energia emblemática que aquele ser criou em seu estado demente.

Enquanto eu oro, com fé, percebo que faço ao mesmo tempo o sinal da cruz lançando um fluido energético com essa configuração sobre o espírito daquele ser. Isso o irrita profundamente. Mentalmente, lança-me gritos de rebeldia e contrariedade, tenta expulsar-me, ensandecido. Em um relance, esse mesmo ser materializa uma vassoura e começa a varrer todas as preces dirigidas a pouco em seu favor... Não aceita o auxílio, nem a Luz que a Espiritualidade bendita envia com tanto amor.

Diante disso, a voz amiga, íntima, chama-me para o retorno ao mundo dos homens. O que eu tinha que fazer, foi feito. Desperto.

Mas, algo me diz que a maior surpresa está por vir... 

Intimamente mostram-me que o fato de eu ter sido convocado para essa tarefa, é porque eu sou o mais necessitado em auxílio neste momento. Ainda que no panorama apresentado eu ter pensado ser o agente ativo que ajudava o ser em descaminho. Mas, é um caminho de duas vias. Na Eternidade o tempo não existe, e sempre há a divina persistência do Pai em lançar do seu Amor em Luzes de instruções a todos os filhos, em quaisquer circunstâncias em que se encontram para continuarem, todos, de forma individual e coletiva na evolução maior. Quando pensamos que “estamos ajudando alguém", no fundo, a maior ênfase é exatamente oposta. 

Agradeço por essa oportunidade em ser auxiliado!

Seja feita a vontade de Deus!



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Vivaldi
http://www.youtube.com/watch?v=WX83BSR0mug



CENTELHAS DIVINAS
autor: Nilton Bustamante
Oh, vida, oh, bendita vida!

Que felicidade ver tantas casas, tantas moradias, uma ao lado de outra, umas sobre outras, perto ou afastadas, de todas as formas, mas sempre na busca de se formar um lar, certo ou torto, sempre um lar...

Que instrumento mais bendito, um lar!

Que oportunidade santificada!

A família, esse agrupamento, é atração, é núcleo para cada um de seus membros orbitar, gravitar e organizar sua estrutura mais íntima, ser acerto, união. Sim, muitos tenderão ao desacerto, a negação, por isso os alertas de atenção, para sempre se persistir na fé, na esperança, na convicção de seguir as rotas, aprumar-se em direção a Deus.

Oh, vida, oh, bendita vida!

Estrada das possibilidades, estrada da Eternidade!

Sejam os filhos de Deus expressões de Luz!

Tudo que vem aos homens há um santificado propósito, os exemplos estão diante de todos nós, para nos ensinar: da utilidade do aparelho jorrando luz na mesa de cirurgia e pro cirurgião; da lanterna servindo pra se transitar na escuridão; da lâmpada do abajur para dar confiança a quem lida com o medo da imaginação; o foco do canhão de luz procurando o perdido avião; o aparelho que projeta a luz para colocar o outro em evidência no palco das humanas encenações; o laser que contribui para a medicina, para as oficinas das indústrias e outras positivas aplicações... Tudo vem para um propósito bendito, para auxiliar ao homem em sua própria evolução!

Os filhos universais são centelhas divinas, aprendendo todas as possibilidades de aplicação da Luz, para um dia cada coração tornar-se "sol" nos campos de Deus para melhor amar e servir e quem sabe ser útil a muitos mais.


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terça-feira, 24 de janeiro de 2012


 OLHOS MOLHADOS
Autor:  Nilton Bustamante
 
Essas lágrimas são o quê?
Tristeza ou saudade
Não vê, são ondas do mesmo mar,
Você fica mais bonita com esses olhos molhados
A alma mais limpa,
Consigo ver melhor o que há dentro de você

Oh, não, não olhe assim
Olhar pra trás é se machucar
Pegadas que não existem mais
Oh, não, não olhe assim
Como se nada mais fosse verdade
Essa vontade abraçando o coração
 
Suas mãos quase me tocando
São sonhos que não quero mais acordar
Chegam um a um dizendo o seu nome
Com essa vontade de amar, mais e mais e mais

Oh, não, não olhe assim
Olhar pra trás é se machucar
Pegadas que não existem mais
Oh, não, não olhe assim
Como se nada mais fosse verdade
Essa vontade abraçando o coração
 
Cada passo uma nova marca que virá
Nada ficará para trás, oh, não,
Você fica mais bonita com esses olhos molhados
A alma mais limpa...
Consigo ver melhor o que há dentro de você


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domingo, 22 de janeiro de 2012


 
VOZ DE COMANDO     (22/01/2012, desdobramento de alma nr. 1)
 Nilton Bustamante

Do que me é permitido trazer à tona da lembrança ao mundo dos homens, estava eu seguindo por uma serra, bem alta, entre pontes semiconstruídas, ou semidestruídas, onde as falhas num lugar ou outro eram verdadeiras armadilhas abertas para abismos sem-fim. Ao fundo um manto verde de árvores.

Um grande grupo de crianças, quanto muito meninos na faixa de 7 anos de idade, espalhavam-se por esses lugares. Eu tentava organizá-los para atravessarmos sem risco, sem acidente. Aos poucos ficamos agrupados, em trilha. A necessidade era de irmos à frente, sempre em frente. O lugar muito perigoso, pedras pequeninas soltas poderiam nos levar a escorregar fatalmente.

Tudo ia mais ou menos bem, quando um dos meninos corria por um lado a outro, sempre à beira desses buracos, dessas armadilhas horripilantes. Eu o chamava, tentava alertá-lo até mesmo gritava, e nada. Ele simplesmente não me ouvia, aparentemente não queria saber. E rodopiava às vezes nesses locais perigosíssimos. Nada parecia detê-lo. Fazia o que bem entendia. Uma senhora aproximou-se e conseguiu trazê-lo para perto do grupo. Nisso, cheguei diante do incauto menino e exasperado, nervoso, expressei forte e mentalmente: “Por que você não me atendeu? Por que você não atende a ninguém? Não via o perigo que estava correndo?”

De repente, algo insólito aconteceu, coisas que só acontecem nessas outras dimensões: O menino agora era um rapaz, de boina e fardado de roupa própria de paramilitares. Ele estava sentado em uma poltrona, sozinho, nada mais havia, até parecia estúdio de televisão quando se colhe o depoimento de alguém, de algum documentário. Ele respondeu-me, mentalmente, querendo justificar-se: “Eu nunca tive voz de comando”. Nisso, apresentou-se um quadro mental paralelo, conjugado, mostrava ele menino e os seus pais distantes, com seus afazeres que não o incluíram, não acompanharam os primeiros passos do próprio filho na infância. 

Diante do exposto, entendi parte da mensagem, inclusive o porque daquela roupa, dessa inclinação, dessa busca silenciosa que muitos outros estão pela vida, vestidos para a guerra, em suas buscas de preencher os vazios da alma, e, lamentavelmente, acompanhadas de violências de todo tipo à beira de surda loucura e revolta.

Fui retirado, piscar de olhos, deixando para traz aquele jovem, triste e solitário. Acordei com uma instrução a mais, graças a Deus.


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A MENSAGEM       (22/01/2012, desdobramento de alma nr. 2)
Nilton Bustamante

Quando logo me voltou o sono, muito rapidamente, fui levado para uma comunidade na Bahia, originários dos escravos africanos. E no largo da rua, onde se usavam para estacionar ou guardar coisas, eu encostei em um objeto qualquer, não sei identificar o que seria. Nisso, um homem negro veio feroz pro meu lado, ameaçando-me tanto quanto podia. Tentei argumentar algo, mentalmente, mas não conseguia. Comecei a ver um pouco mais amplo e o lugar parecia na verdade um quilombo espiritual com suas tradições. A energia não era boa. Alguém me inspirou – pois nos desdobramentos nunca estamos sozinhos, há muito mais companhia e proteção que podemos supor – e estendi meu braço e levantei a mão espalmada ao céu, entre 70 a 80 graus. E uma energia das alturas benditas me sustentava.

Sem nunca tirar minha mão daquela posição, voltada pro céu, comecei a caminhar e aquele senhor, espantado, agora em silêncio, confuso, me acompanhava. Instintivamente percebi a edificação principal onde ele estava ligado energeticamente, o epicentro espiritual do lugar. Entrei. E foi aparecendo as entidades, seguindo as hierarquias deles, nada diziam, tentavam se opor, mas, sem sucesso, abriam caminho. E fui passando ambiente por ambiente, cômodo por cômodo, diante de tantos outros que vinham, se afastavam mas, me acompanhavam meus passos. Cheguei até onde poderia ir, e diante de uma senhora, que demonstrava ser a principal líder, parei. Ela me mentalizou: “Você é um anjo de Deus?”;  não respondi. Até estranhei pronunciarem o nome de Deus naquele lugar, com aquela vibração tão baixa. Continuei com minha mão estendida ao “céu” e fui para outra repartição. Parei novamente, e mentalizei à mesma senhora, que me acompanhava junto com aquela multidão: “Jesus enviou uma mensagem, gostaria de dizê-la, se vocês me permitirem”. Nisso, senti a resistência vibratória diminuir bastante, aquela “disputa de braço de ferro” que era travada silenciosamente, ficou mais brando. Na minha intuição eles se sentiram respeitados, mas, não por isso menos perigosos em suas inconfessáveis vontades.

Com o aceno positivo da senhora, eu complementei: “Jesus deseja que vocês façam somente o Bem. O mal que se é feito, volta, sempre, para quem o fez”.

Em meu íntimo uma voz me orientou que eu já tinha dado o recado que precisava. Que era pra sair dali o quanto antes. E, dirigindo-me à saída em outra ponta, sem nunca abaixar minha mão, meu elo com a Espiritualidade Bendita que me dava toda a força, energia e sustentação que precisava para tal tarefa, segui para o mundo dos homens. Acordei, com a graça de Deus.


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MINHA PRIMEIRA VEZ NA CASA ESPÍRITA
Autor:   Nilton Bustamante


Eu chorava por tudo, por nada. Era uma tristeza tanta e tamanha, que meu coração não conseguia secar. Avalanches de lágrimas despencavam sem avisar.
A emoção era exacerbada. O primeiro amor desfeito: incompreensão dos familiares parte a parte, dividiam, apartavam, decidiram pelo casal o que era melhor. A vida ficou com uma só cor, quase um cinza... E minhas idas e vindas, batendo em várias portas procurando uma estrada maior, espiritual, que me chamasse atenção, que me confortasse, só me acumulavam nesses momentos mais perguntas que respostas, mais indignação.


“Pelo amor, ou pela dor...” Um amigo, de recente amizade, vendo minha desestruturação psicológica, aflitiva, convidou-me para ir a uma reunião, onde as pessoas oravam, e sua mãe era ativa nesses encontros. E que falavam de Deus, Jesus... Senti a sinceridade do convite, aceitei. No dia marcado, uma sexta-feira – começava às 20h -, eu iria ao tal encontro, e para facilitar as coisas pra mim depois dormiria em sua residência, já que nessa época eu não possuía automóvel. Os pais desse meu amigo, muito agradáveis, convidativos me deixaram à vontade, com direito a lanche e suco. Fizeram de tudo para eu me sentir em “casa”.

Chegou o momento, nos dirigimos ao bairro de Itaquera, na cidade de São Paulo (essa casa espírita, inicialmente era no bairro do Belenzinho, há uns 40 anos). Era uma casa simples, construção ainda por terminar, iguais a tantas outras da vizinhança, de pessoas que trabalham semana inteira, e aos fins de semana sobem tijolo por tijolo, suor por suor, conseguir enfim a segurança de uma casa, a construção de um lar. Ao subir as escadas, um homem esperava ao alto, ao lado da porta que dava acesso à sua residência. Ele era forte, rosto marcante, mesmo sorrindo as boas-vindas transbordava seriedade. Foi-me apresentado como “senhor Rubens de Oliveira”. A sua senhora, uma mulher com traços de estrangeira, latino americana, ao lado observando a tudo em silêncio. Nesse instante, estanquei que nem um burro que nada o faz sair do lugar. Mil cenas vieram à minha mente: lembranças dos lugares que haviam me falado que era muito “bom”, etc. e tal, sendo que da última experiência, a enorme decepção ao entrar em uma casa, na sala com quadro de Jesus na parede, e as pessoas caídas ao chão, engolindo velas às dezenas, água-ardente, e sabe-se lá como seria a (in)digestão? Dentro de minha inocência, pensava eu “como podem aqui ajudar alguém se esses coitados se enrolam, se arrastam pelo chão fazendo uso de um cardápio desses? Estão precisando mais de ajuda do que eu...”, ao mesmo tempo em que eu olhava a todo momento a figura de Jesus no quadro. Minha cabeça ficou mais ainda em parafuso. Saí pior de quando lá cheguei, pensando se o Bem existia mesmo. E isso tudo explodindo em minha mente, eu ali estancado diante do homem que me convidava a entrar, que eu não precisava em nada recear. Mas, ao mesmo tempo eu perguntava pra mim mesmo: “e se aqui for igual àquele último lugar, pessoas se arrastando feito bichos, tambores e tudo mais? Eu não vou aguentar, não vou, tô no limite de mim mesmo.”

Por fim, aceitei a cortesia do convite, entrei. O senhor Rubens deixou-me à vontade. O ambiente era simples. Uma mesa retangular ao centro. Sobre a mesa uma jarra de água. As pessoas, praticamente  eram senhoras e senhores, iam tomando os seus lugares. Homens  e mulheres de lado opostos, na cabeceira o senhor Rubens, com sua camisa social, simples, branquíssima e abotoada até no colarinho e punhos. Fico com os olhos da carne e da alma sobressaltados. Não queria entrar mais em nenhuma roubada. Se fosse o caso eu iria sair de lá escadas abaixo, sem ninguém me impedir... Mas, logo percebi que algo ali era diferente de tudo o quanto já havia visto. Um clima de seriedade, de paz, de amor era quase palpável. O senhor Rubens, com nítida moral elevada, com sua voz firme, de trovão amigo, começa a fazer a prece inicial. Meu coração vibra algo de outra dimensão. Preces dirigidas a Deus – Princípio de todas as coisas, do Amor, da Luz e da Vida -, a Jesus Cristo - Mestre dos mestres, nosso Senhor -, Mãe Maria Santíssima – exemplo de abnegação, maternidade e amor -, e a outros seres da Espiritualidade Bendita eram verdadeiros cânticos sublimes, abriam caminhos para instruções, mensagens e orientações para todos ali, reunidos, encarnados e desencarnados. Línguas outras, línguas mortas, o hebraico e aramaico antigos discorriam quando necessários, para quem tinha ouvidos para ouvir e saber...

O conteúdo das mensagens, a “simplicidade” das ações, fizeram-me exclamar, finalmente, dentro de mim: “DEUS EXISTE!, O BEM EXISTE!”

As pessoas, desde quando adentraram ao recinto, eram silenciosas, atentas e se comportavam seriamente, determinadas a contribuir para a Egrégora radiante de Amor para expandir por tudo, por todos, por todo o planeta, por toda a humanidade, por onde houvesse necessidade e permissão do Pai. Não olvidavam que “Silêncio é Prece”.

No decorrer dos trabalhos daquela sessão, espíritos desencarnados que estavam em situação de sofrimento e desespero, eram ali trazidos com a permissão de Deus para cada qual passar pelo “filtro” que é o médium, dessa forma, até onde era permitido, desfazendo os miasmas espirituais, desmaterializando fluídos horrendos, pesados, que são consequências dos atos cometidos contra as Leis da Evolução e do Amor. E esses seres sofredores, irmãos nossos, sendo auxiliados pouco a pouco, despertavam de seus transes psíquicos, traumáticos, para outras atmosferas de serenidade; e tanto quanto possível, eram convidados a seguirem outro caminho, o caminho do Bem que os levaria aos campos de Deus para, em outra etapa, restituírem as suas forças e a harmonia do equilíbrio espiritual sempre com o auxílio de seres mais evoluídos, irmãos destacados pelo Altíssimo para o acompanhamento instrutivo de outras lições salutares à apreender...
Nenhum daqueles nossos irmãos “recolhidos” ficava sem ter auxílio e ENCAMINHAMENTO, de forma clara e absoluta. Todos que ali chegavam eram esclarecidos do quadro atual que se encontravam de forma individual e coletiva. E quando um nosso irmão desencarnado era “doutrinado”, aquela conduta servia de exemplo para incontáveis outros que estavam em situação parecida e, ao final, a elevação era de quase a turba toda. E aqueles mais “endurecidos” que se negavam seguir para melhor, e que preferiam ficar presos no mesmo campo mental de rancores, angústias, sentimentos de vingança e sofrimentos, eram destacados para outros lugares, próprios para recebê-los. O tempo (que existe somente neste planeta Terra) toma conta de tudo e de todos. O AMOR DE DEUS É SEMPRE, E EM TODAS AS CONDIÇÕES, PARA TODOS!... A cada irmão “recolhido” lhe era mostrado o seu “Livro da Vida”, onde todas as ações do ser são registradas. Vêm diante do espírito assistido os “registros” de suas ações, e o convite do chamado à responsabilidade que todos devem ter de reparar o que deve ser reparado, tudo o que foi agressão a si mesmo ou à outrem. Tudo o que pesa à própria consciência. Mas, para tanto, deverá se preparar. Haverá sempre instrutores e irmãos amigos iluminados, repletos de amor e boa-vontade, para esses acompanhamentos. E, depois, do “Livro da Vida” amplo, o espírito feliz com suas recentes vitórias de superação, será levado aos pés de Deus para a permissão de uma nova “missão”, uma nova jornada, uma nova “existência” dentro da pluralidade das vidas, seguindo o curso da Eternidade. Todos estamos nesses processos evolutivos para melhor AMAR A DEUS, e para melhor SERVIR A DEUS!, por fim amar e zelar a tudo e a todos que sejam de DEUS.
Todos os filhos de Deus vieram à Luz da Vida para uma finalidade Maior.

Obviamente, nesse primeiro dia, nessa primeira vez em uma casa espírita de orientação kardequiana, não havia percebido, nem entendido, os pormenores dos quais descrevi, mas, minha alma havia flutuado de tanta felicidade. Havia conhecido as vibrações dos trabalhos frutíferos na Seara de Jesus Cristo, governador do planeta Terra.


O DESDOBRAMENTO
Ao retornar para a residência do meu amigo, naquela mesma noite, ao adormecer, em desdobramento vi-me em pé diante de uma cadeira vazia. E por detrás dessa cadeira, uma fila tipo “indiana”, extremamente organizada, que de tão enorme, de tão cumprida, não conseguia ver o seu final. E um a um sentou-se nessa cadeira enquanto eu “inspirado” passava a “doutrinar”, esclarecer a situação individual; fazia o bom convite para o recolhimento para outros lugares, melhores lugares, melhores oportunidades de comportamento para aqueles irmãos desencarnados, que me ouviam em muitas línguas, que eu nunca poderia sequer imaginar que poderia falar...

sábado, 21 de janeiro de 2012

POR AGORA, OU DEPOIS


POR AGORA, OU DEPOIS
Autor: Nilton Bustamante

Que esse mundo tem apenas nós dois
Isso eu já sei
Nada mais me espanta
Nada mais me encanta que essa fantasia
Essa ilha cercada de amor...

O melhor recheio do beijo
É esse jeito que parece manso, remanso vagando a calma
Enquanto se olha nos olhos dos olhos dos olhos espelhos do olhar
Que sempre parecem perto, que sempre parecem longe
E nos enganam
Com suas ventanias, com suas tempestades em noites de verão...

Ah, meu amor, descanse
Sua língua na minha
A saliva do veneno é doce
Que nos faz por agora tirar os pés do chão
Não é melhor assim?

Meu pequeno anjo
Talvez seja o seu perfume
Belle Femme
Que me faz olhar pro céu e pensar que são seus olhos
Que choram chuvas
Talvez seja o seu coração
Atravessando bem ao meio o meu
Que é seu sem eu mesmo oferecer

Ah, meu amor,
Que esse mundo tem apenas nós dois
Isso eu já sei, isso já sei...

Estou te esperando
Por agora, ou depois...

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Comme la pluie 
http://www.youtube.com/watch?v=sRjjNd7ksvE&

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012



UMA VEZ MAIS
Autor: Nilton Bustamante

Quando penso tudo acabou
Que não sobrou nada
Vem sempre um vento novo, um novo ar
Que me faz acreditar

Em tudo o que dizia esse amor
Essa gravidade
Dentro da gente
Planeta querendo sua lua pra se apaixonar


E cada vez mais o chão ficando leve, tão leve
Que é possível até sonhar
Que é possível
As palavras serem canção

Um aceno, um até breve, aperto de mão
Quando penso tudo acabou

Meus olhos molhados entregam imensidade
Essa vontade de amar
 
Uma vez mais e mais
Quando penso que tudo mesmo acabou
Aquele nunca mais
Fica sem sentido, quando em você e em mim
Tudo é saudade, tudo é chuva de amor


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MENINA MALUQUINHA
Autor: Nilton Bustamante


Uma menina, essa maluquinha

Porque já por demais carregou no colo
Os dias, as noites e do relógio todas as horas


Uma menina, essa maluquinha
Que sorri com o vaso de palha na cabeça
Porque chega o tempo que caras e bocas nada vale a pena

Abraçar e beijar gatos e cachorros

Talvez pra disfarçar a falta, a lembrança
De quem foi e não avisou no dia do “sim” que seria assim...

Esse coração argentino, brasileiro, terráqueo, sul americano
Zumbidos nos ouvidos, balas e sorte
Mil agulhas, artesanatos empanadas

E na cintura o gingado das águas e enxurradas destruindo tudo
Levando o que era bom, deixando o lixo,
Mas, essa menina é mesmo maluquinha
Nada impede esse sorriso, essa felicidade
Levar nas mãos estrelas e espadas

Rir de tudo, de nada

Porque esse seu coração é mesmo lindo, é mesmo leve,
Que a mulher não deixou morrer, nem esquecer

Tudo o que significa o amor.

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(pequena homenagem à minha querida amiga Leonilda Beatriz Vozzi)

domingo, 8 de janeiro de 2012

TIC-TAC

TIC-TAC
Autor: Nilton Bustamante

Um tic, um tac,
essa espera, esse compasso,
meu relógio marcando passo,
as minhas mãos deslizando e alisando páginas...

Outro tic, outro tac,
não sei o que faço,
vontade mesmo é de abrir
portas e janelas
fazer barulho, bater panelas,
para disfarçar essa espera,
esse tic, esse tac que não me deixam esquecer...

Estou tentando ler o livro do Reali, Às Margens do Sena,
mas melhor eu parar agora,
a cada final de página começo a ler nós dois...


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Time by Pink Floyd
http://www.youtube.com/watch?v=LWTLUmUjo8A

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sábado, 7 de janeiro de 2012




Estimados Irmãos,
este relato tem por objetivo de dividir uma experiência e, quem sabe possa trazer-nos algum aprendizado...


JOANNA DE ÂNGELIS E A RESPONSABILIDADE DO PENSAMENTO   
(por Nilton Bustamante,  em desdobramento da alma)

No desdobramento em que vivenciei a poucas horas, enquanto meu adormecido corpo físico buscava reunir as forças e energias gastas do dia anterior, minha alma avançava outras fronteiras livre do peso material, quando, encontrei entre muitos outros, Evandro e Nivea, casal amigo e irmãos no mesmo ideal em Cristo. Buscávamos servir nos trabalhos da espiritualidade bendita.

Nesse vai-e-vem laborioso de atenções e afetos intuíram-me que a organizadora e dirigente de todas aquelas ações era o Espírito de Joanna de Ângelis...

(Joanna é atuante elo entre a Doutrina Espírita e a Psicologia, em especial a “transpessoal” e que pelo parecer de Maslow, dizia que o ser humano necessitava transcender sua Psique, conectando-se a outras realidades, procurando pela Verdade, de forma a entender sua existência e ajudar a si próprio).


Nisso, ao pronunciar mentalmente o nome da sereníssima irmã, repetindo a informação recebida, o casal amigo (Evandro e Nivea) voltou-se para mim e exclamaram, mentalmente, ao mesmo tempo: “sabíamos que só poderia ser obra de Joanna de Ângelis!”

Neste instante, uma forte energia psíquica tomou-me o íntimo, quase que irresistível. Mas, mesmo assim, por prudência, tentei segurar-me, obstruindo tanto quanto possível a mensagem para entender o que se passava comigo naquela circunstância. Essa mensagem que vinha forte e ao mesmo tempo suave, “soprara-me” que tudo estava bem, que eu não precisava escudar-me, e assim, entreguei-me ao fluxo dessas ondas que vinham em belíssimas palavras e sentimentos, esplendor de ensinamentos diretamente da excelsa irmã Joanna. Uma pequena multidão reuniu-se diante de mim para prestar atenção na palestra que se iniciara sem alarde. A confiança aumentava em meu coração, e sabia que deveria apenas acalmar-me e deixar fluir aquela luz em vibração para quem eu era apenas um instrumento. Eu me deliciava com a riqueza da profundidade das lições eletrificadas de Paz e Amor.
Desses fragmentos do desdobramento em que meu espírito experimentava, ficou a lembrança que o tema central da cândida palestra era sobre a RESPONSABILIDADE DO PENSAMENTO.

Dessas orientações deixaram que viesse à tona da minha lembrança, o que passo a seguir:

“Quando o homem em seu pulsar psíquico estiver em conturbações desequilibradas por tormentas de ódio, revolta, inveja, egoísmo, autopiedade, de tresloucados furtos dos sonhos e esperanças alheias, melancolia insistente entre tantos outros dissabores, os desajustes mental e espiritual irradiarão nas células do corpo perispiritual e físico as químicas envenenadas que tumultuarão a harmonia intracelular e os órgãos deixarão de se entender e as catástrofes se avolumarão em doenças purgatórias. As energias contaminadas por essas intoxicações tenderão a serem drenadas, cedo ou tarde, de um modo ou outro, em forma de uma doença ou outra, até que o causador de tudo possa aprender com suas próprias inconsequências. Tudo que se distância das Leis Universais do Amor, causam distúrbios e sofrimentos”.

E, antes que pensasse eu ter chegado ao final da providencial conversação amiga, a mesma Orientação continuou:

“O contrário dessas ações também se sucede. Quando o homem em seu dia-a-dia, em todas as questões às quais ele se deparar, e seus pensamentos e atitudes forem dirigidos em direção ao Pai, tomados de pensamentos higienizadores, saudáveis, limpos, mais puros possíveis, onde a paz, tolerância, perdão, boa solicitude, zelo, delicadeza, contemplação e o bem-servir serão a tônica, a principal atenção, dessa forma estará em contínua elevação, dará campo para habitar em sua mente outras orientações e ensinamentos que virão das estruturas universais mais cristalinas, mais benditas... Será bom solo para as boas sementes, pois o homem deve-se preparar para ser o ser integral pronto para servir integralmente aos planos divinos. Aquele que estiver nesse ciclo louvável, uma suave e serena cachoeira de químicas fluídicas renováveis, renovadoras, tomará conta do próprio ser, descendo de sua mente até alcançar completamente o seu corpo integral. Essa energia salutar estará no âmago de cada célula e fortalecerá sua saúde e as estruturas intra e intercelulares; a organização das cadeias dos órgãos estará disciplinada e os benefícios serão nítidos para quem assim ter contribuído para tal felicidade. Tudo que se unifica com as Leis Universais do Amor, causa a real felicidade.”

Nesse momento, de forma tranquila e atenta, vi descer de minha cabeça uma pequena nuvem densa, fluído plasmático, tomando conta de todo o meu corpo (físico e perispiritual), organizando minha saúde “in totum” para a “lição prática” dirigida à plateia.

Depois disso, despertei, acordei para o mundo dos homens, e, certamente, muito agradecido pela oportunidade em vivenciar um momento de tão sublime aprendizado.

...





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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012


AH, SE VOCÊ SOUBESSE
Autor: Nilton Bustamante

Ah, se você soubesse o quanto eu tenho
Dessa entrega que em mim é tudo,
Voaria comigo agora, sem demora,
Que o céu é tão bonito, tão azul pra se sonhar...

Ah, se você soubesse o quanto eu penso

Estenderia sua mão, toda sua alma
Entregaria o que foi tudo vontade,
Seria comigo num vaso-jardim sementes de amor...

Ah, se você ao menos agora se deixasse ser meu sol, minha lua,

Eu apenas satélite errante
Mergulharia pro infinito do instante
E uma força, a gravidade desse encontro nos atrairia
Tanto e tanto que o grande beijo, o “Big-Bang”, seria apenas nosso
E de mais ninguém...


Ah, se você viesse agora seria minha bandeira, meu estandarte,
Enfrentaria as mil batalhas
Sem medo, sem tempo pra ganhar,
Ou pra perder, seria apenas minha coragem de viver

E morrer a cada dia, já que o pulsar do universo faz de cada imagem
Fotografia e nada mais...

Ah, se você soubesse o quanto eu tenho
Dessa necessidade de amar o dia e de uivar para as noites quentes e frias


Você seria meu “dente-de-leão”, conhecida
 “Esperança”, soprada pela brisa macia e com minha sorte, quem sabe

Flutuaria e conheceria de vez esses céus
Que insistem em meu coração...


...
Evgeny Kissin playing Scriabin`s etude op.12 no.8 in Dis-moll

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012


NESTE INSTANTE
  Autor: Nilton Bustamante


Que a noite venha serena, suave,
Estrelas em seus lugares uma a uma... a paz


Enquanto o sono chega tão devagar, tão sereno,
Suave, descansando corpo e pensamentos, deixando que uma vida toda possa

Repousar nesse único momento...

Fechar os olhos, e se render de todas as lutas, todas as labutas,
Sem impor mais nada, coisa alguma, se entregar...

E, por felicidade, acordar pensando ser tudo novo, tudo por acontecer,
Como se fosse possível o clicar de um botão, algum aparelho de televisão passando filmes e mais filmes, sem nunca mais terminar...

...

http://www.youtube.com/watch?v=2bosouX_d8Y
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O QUE É SER FELIZ?


O QUE É SER FELIZ?
Autor: Nilton Bustamante

Ser feliz, quem sabe, é destruir-se diante de tudo que construiu em imagens que não se mantêm, que não se confirma, que o tempo não é fiel nem companheiro?

Quem sabe, ser feliz, é dizer a verda
de para si e esquecer as frases prontas, os livros de autoajuda que buscam o sucesso em 10 passos, em 10 ações, em 10 afirmações sem opinião?

É ser fel com gosto de verdade na própria boca, que ser doce em montagens de cinema em mil outras bocas, que nada sabem, que nada querem saber, tanto faz a qualquer situação?

Ser feliz, como eu poderia ousar a dizer, se eu mesmo nada sei, que procuro a sinceridade real na ponta do meu nariz que segura meus óculos blindando olhos que não querem ver?

Ah, quem sabe, um pedaço de céu azul com nuvens suaves e brancas no coração?...

Ah, quem sabe, um aperto de mão que se sinta na alma toda a verdade da entrega?...

Ser feliz, sem caras e bocas, quem sabe, sem fotos no Facebook querendo mostrar o tanto da felicidade na tela do computador para o mundo ver, pois ainda não se convenceu?...

Quanto precisamos escancarar o abraço ensaiado, a imagem do prato composto, copos postos, sorrisos engessados sem hálito? Ah, quanto precisamos arrancar paredes e telhados!?...

Ser feliz, quem sabe é ser invisível, tanto quanto possível, feito um nascer das folhas se abrindo, da flor se entregando ao mundo sem se anunciar em outdoors, apenas recebendo o maio do abraço do sol?...

Pois, tanto quanto possível, ser feliz, é ser apenas positivo para quem estiver em negativa situação, e quem sabe ainda ser nada mais que uma silenciosa oração habitando o universo e acreditar no brilho das constelações que virá?!

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(Coldplay - The Scientist):
http://www.youtube.com/watch?v=rLm_aSP369M

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