CONVITE PARA VER – E OUVIR – ESTRELAS
Autor: Nilton Bustamante
Quanto tempo faz que não se olha para as estrelas?
Não, não é somente erguer os olhos e saber se elas estão lá ao alto. Não é apenas olhar despercebido, de relance, fortuitamente; é algo mais muito mais que isso. É decidir-se convocar a própria alma para o sublime encontro, superior, mergulhando pro alto, como se fosse o atendimento ao chamado do universo sem dimensão.
As luzes das cidades estão em todas as nossas esquinas nos tirando o melhor propósito da atenção. Muitas iscas, muitas armadilhas, muita distração. Ou quem sabe, apenas as marcas de um tempo que insistimos ocupar nas periferias das essências esquecidas?
Não, não é somente erguer os olhos e saber se elas estão lá ao alto. Não é apenas olhar despercebido, de relance, fortuitamente; é algo mais muito mais que isso. É decidir-se convocar a própria alma para o sublime encontro, superior, mergulhando pro alto, como se fosse o atendimento ao chamado do universo sem dimensão.
As luzes das cidades estão em todas as nossas esquinas nos tirando o melhor propósito da atenção. Muitas iscas, muitas armadilhas, muita distração. Ou quem sabe, apenas as marcas de um tempo que insistimos ocupar nas periferias das essências esquecidas?
Mas, oh, felicidade, ouvir no profundo de si o emblemático
silêncio feito hino de instrumentos desconhecidos, a generosa companhia que
empresta-nos asas e despertares para erguermos os pés do chão!
Ficarmos mais leves que a racionalidade do impossível!
Ficarmos mais leves que a racionalidade do impossível!
Mas, oh, felicidade, tocar as estrelas com a prudência do
respeito, veneração, seguir os brilhos nas noites repletas de ensinamentos e
vidas!
Ficarmos mais leves e não mais a possibilidade do chão!
Abarcar outros meios,
transcender, tomar-se de coragem e ânimo, sopro de vida, hálito divino, para
chorarmos de emoção com os cantos dos pássaros noturnos, dos esquecidos grilos,
cânticos em orações das rãs e dos sapos.
Eis o convite para ver – e ouvir – estrelas, não para sermos poetas; é algo mais muito mais que isso. É decidir-se convocar a própria alma para o sublime encontro, superior, mergulhando pro alto, como se fosse o atendimento ao chamado do universo sem dimensão. Sermos, enfim, poesias!
Eis o convite para ver – e ouvir – estrelas, não para sermos poetas; é algo mais muito mais que isso. É decidir-se convocar a própria alma para o sublime encontro, superior, mergulhando pro alto, como se fosse o atendimento ao chamado do universo sem dimensão. Sermos, enfim, poesias!