sábado, 26 de abril de 2014

A RAZÃO DE TUDO


A RAZÃO DE TUDO
Autor: Nilton Bustamante

Qual é a missão, a razão de tudo, o maior objetivo que o homem, na essência, veio realizar neste planeta, chamado Terra? Por que surgiu, afinal, o homem nesse canto do Universo?

Planeta Terra, porção, menor parte onde se pode pisar.
Planeta Terra, pequenas áreas cercadas pelas imensidões de águas. Pulsa crescimento, transformação, movimento...

Por onde começar, por onde seguir? Pegaremos os pergaminhos da História? Usaremos os instrumentos das Ciências? Vagaremos pelas possibilidades e probabilidades do pensamento na ótica do “homem” tocando seu dedo ao dedo do “Criador”?

Por que não usar então, de tudo um pouco, montar a própria nave com todos esses elementos, com todos esses avanços que nos trouxeram até aqui, ao longo do tempo, para alçarmos voos maiores?

Tudo tem explicação! Tudo tem sentido! Tudo tem função!
O tudo é o todo, é o macro, e o seu sentido outro é o micro. Visões e dimensões multifacetadas, multifário, nesse gigantesco, imenso, universo possível, entre outros a descobrir, a desvendar...

O pesquisador, o cientista, o técnico e outros mais acompanham seus objetos de estudo e observação. Passo a passo vão-se descobrindo, mas nada conseguem inventar além do que já existe, apenas constatam, adaptam, unem, transformam as possibilidades dos avanços de suas áreas para outras do conhecimento.

O antropólogo, o sociólogo, o geólogo e outros mais, vão cadenciando seus registros, dando uma ordem ao estudo da evolução do animal, do homem-animal, do homem-homem... Esses estudiosos, colocam a limpo alguns princípios. Entendem certas uniões e repulsas químicas. Estudam a célula, a molécula, as energias, as profusões, contam quantos raios e trovões em cada região, as cadeias do DNA e RNA; sabem, cada vez mais, sobre as complexidades do organismo humano, e cerebrais, das ações de corpos celestiais... E se buscarem mais, quem sabe, saberão vários pontos de semelhança, entre o Macro e o Micro? O que se vai no organismo humano, poder-se-á identificar nos céus em seus movimentos. Mas, é certo, se pegarmos cada estudo, dos mais simples aos mais avançados, quaisquer que sejam as áreas que forem sobre os reinos mineral, vegetal, animal e hominal haverá algo que será comum a todos: a LÓGICA!, a lógica do funcionamento, sentido, evolução e destinação. Estará estampada uma “engenharia maior”, uma razão em tudo e em todos!

Os estudos poderão, enfim, apontar como o corpo se desfaz no processo de decomposição. Sem dúvida, estará estabelecida uma parte importante do conhecimento. Mas há mais, muito mais. E qual é o sentido disso e outras coisas mais? Sabermos os processos orgânicos, mecânicos e químicos são somente partes do entendimento. Se ficarmos apenas nesse ponto de busca dos estudos, das pesquisas, ficará um elo perdido, algo esquecido, que faltará para entender o “quebra-cabeças”, algo mais amplo e fascinante.

Sabe-se que TUDO é energia! A eletricidade é energia! A matéria é energia! Obviamente, cada caso em seu grau, em sua sutileza, em seu desdobramento, em sua característica... Tudo e todos podem ser explicados, parcialmente, por expressões matemáticas. Sim, matemáticas: na música e suas notas, na flor, no corpo humano, nas colmeias, nas presas dos elefantes, nas escamas dos peixes, a proporção em que cresce o raio interior da concha da espécie de caramujo Náutilo, etc..., o homem constatou que há uma e a mesma “Divina Proporção”, esse “Número de Ouro”: Phi, ou seja, 1,618 (aproximadamente), inclusive encontrada nas construções das pirâmides, nas catedrais da Idade Média na Europa (onde, conforme o lugar em seu interior, o homem entra em estado alterado da mente, pela simples posição geométrica, matemática envolvida)... E tudo isso nos levará certamente há muitas outras perguntas e reflexões. Lembremo-nos do Macro e do Micro...

Ao pesquisarmos o homem, como objeto de estudo, sem reservas ou preconceitos, deveremos trazer à luz das pesquisas muito além dos arquétipos.  Ao focarmos a “energia”, a “centelha divina”, que, podemos chamar de “Espírito”, para designarmos essa “força”, esse nosso “eu”, essa “personalidade individual” que traz movimento ao corpo físico, ao corpo material, podemos nos permitir o que vai além das fronteiras, além da limitada visão humana. Daremos a chance de usarmos outros instrumentos, sem a necessidade de telescópios e microscópios, faremos um convite ao nosso íntimo inteligente para transcender o imaginário, as perturbações psíquicas. E muito mais leves do peso material, soltaremos as âncoras do preconceito, dos medos do desconhecido, e buscaremos outros campos para refletirmos e, por sorte, encontrarmos algo que satisfaça a nossa curiosidade natural, humana, além do “extraordinário”, além do sobre-humano...

Desde os primórdios, em todo e qualquer agrupamento social, em qualquer tempo da civilização, constatou-se – e ainda se constata – que há uma certa vocação de “espiritualidade”, algo que acrescenta outro tipo de valoração e que está além das “coisas materiais”, algo para o “superior”. Esses agrupamentos, menores ou maiores, elegem o poder divino que é responsável por tudo que há na natureza, inclusive o próprio homem. Essa unidade do modo de ver, entre essas coletividades, em todo e qualquer parte do planeta, é mesmo extraordinária, remete-nos a refletir os seus possíveis motivos. Ainda que cada qual eleve um –  ou mais que um – “ser especialíssimo” ao patamar de divindade, há esse conceito do “superior”, que está acima dos homens. E que não fora um mero acontecido a existência das coisas e da própria vida.

As diversas civilizações buscaram cada qual seu caminho, em seu grau evolutivo de conhecimento, para tentar atingir o contato com o superior. Podemos dizer, dessa forma, que o ser humano, pouco a pouco, foi se espiritualizando. Principalmente, lidando com as temáticas da vida e da morte.

O ser social, em seu núcleo familiar, concorre para a proteção, manutenção e garantia de continuidade de existência.  Nesse turbilhão das relações humanas, o homem veio ao longo das eras, sem dúvida, evoluindo, a seu modo, mas evoluindo. As relações sociais, principalmente, mesmo passando pelo escravizar dos “vencidos”, e outros tipos de exploração – ainda há a vigência da máxima: “O homem explora o homem” –, mas sem nos atermos à rigidez dos ciclos evolutivos, dos períodos os quais o homem avançou pelo descobrimento da agricultura, a idade dos metais, das estruturas sociais, as relações comerciais, as descobertas de novos mundos por terra e pelos oceanos, etc., verificaremos no grande livro da história humana as guerras sobre guerras, pestes sobre pestes, manifestações incontáveis de todo tipo de delírio da alma humana, mostrando-se amargo desprezo com os subjugados, com o “outro”. O imperativo foi sempre a conquistar para “ter”, “possuir” em todos os sentidos. No solo há rios de sangue submersos. Contudo, nesse mesclado de desordem social, emocional, humana, vieram também, ainda que relativamente, gestos de certo apreço, reconciliação, e bem-querer.

As marés agem sobre a natureza. Há algo de extraordinário no íntimo da semente que faz brotar, crescer o tronco da vida e dar milhares de frutos. Há algo de uma força misteriosa que faz as plantas e animais buscarem a luz. Há algo de absurdo entendimento entre os elementos nos ambientes planetário. Há uma gravidade regendo a sinfonia dos corpos e substâncias celestiais pelo Universo. E como tudo isso acontece dessa forma? Será o acaso? Será o sem querer ao sabor dos acontecimentos?

Nesta toada, no seio da humanidade, no Ocidente e no Oriente, surgiram homens que estavam muito além de seus tempos, de forma incomum, trouxeram outros tipos de fala, outros tipos de ideias e conhecimentos que modificaram o modo de vislumbrar a vida daqueles de suas épocas. E até mesmo a maneira do homem se enxergar, procurar se entender. Podemos chama-los de “os grandes iluminados”: Moisés, Elias, João Batista, Siddhartha Gautama (Buda), Maomé, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, entre outros. Mas, entre todos, houve aquele que dividiu o tempo: o antes (AC) e o depois (DC). Apenas para fazer um brevíssimo relato, podemos lembrar que contrariamente ao que esperavam os homens há mais de 2000 mil anos, enraizados no materialismo, que aguardavam o Messias, o enviado do Altíssimo, ornamentado de ouro, exércitos para vencer os inimigos, riquezas infindáveis, grandes pompas, etc.,  no entanto, esse homem que dividiu a história da Humanidade chamado JESUS CRISTO, perseguido antes mesmo de vir ao mundo dos homens, nasceu em uma manjedoura, acompanhado por seres animais que lhe davam o calor da companhia, em um simples estábulo. Já, nesse ato, um ensinamento de humildade. Ao longo dos anos, Jesus menino já discutia com os Doutores da Lei. Sem nunca ter escrito uma só linha, deixou com os próprios exemplos suas lições. O seu modo de ser era exatamente o que ele pensava, era o que ele pregava. Sabemos que há homens que escrevem livros e mais livros, e falam muitas coisas, mas seus exemplos são completamente diferentes, opostos (o que deixou escrito a tinta, contraria o que diz o coração).

Jesus Cristo, realmente era diferenciado, valorizou a mulher em uma época em que ela não era considerada nem mesmo humana (é só lembrarmos que ainda na Idade Média, dentro da Igreja, discutia-se se a mulher possuía alma). Jesus, valorizou a criança, o velho, o doente, o enlouquecido... Para ele não havia distinção entre sexo, classe social, religiosa ou política. Tratava a todos com respeito, com amor. E, por falarmos de amor, esse conceito, essa abstração, tomou uma perspectiva NUNCA antes dele. O resumo, a essência, o foco maior, de toda sua pregação, de toda a Boa Nova, é o Amor. Um amor que traz em seu bojo o “perdão”, a “compreensão do outro”, o “respeito à condição do grau evolutivo das pessoas”. Um amor que nada pede em troca, que não barganha. Um amor que pede para o homem adentrar em seu íntimo e conhecer-se para reformar-se, para tornar-se um ser melhor, em sintonia com o “Pai”, o Criador da Vida, a Vida Eterna.

Jesus trouxe a chave, o significado para tudo e para todos. Esse planetinha-nave-escola-Terra, afinal é o laboratório que nos permite passar por jornadas escolares para vivenciarmos a prática das lições, orientadoras, celestiais. Aqui chegamos para lidarmos com todas as questões da vida. Todas! Veja, que Jesus Cristo, também veio na condição de homem, com todas as necessidades pertinentes. Ninguém poderá desculpar-se ou acusar dizendo que Ele era super-homem com capa pra voar e peito de aço. Por isso, Jesus agia daquela maneira. Veio confirmar o que os homens de todos os tempos já suspeitavam: a existência de uma força superior, criadora. Jesus veio demonstrar o seu amor a Deus, ao Pai, Criador, e pediu-nos que fizéssemos o mesmo. E disse mais, pediu-nos que nos amássemos uns aos outros. E o maior de todos os exemplos, o exemplo dos exemplos, foi quando Jesus, que só fez o bem, após ser humilhado, maltratado, surrado, pregado ao madeiro infame, do alto da cruz, via aqueles seus algozes como sendo a própria humanidade, em estado infantilizado, com falta de um entendimento melhor,  imaturos, tanto que, Jesus, ainda encontrou forças para perdoar a todos. Enquanto se procura saber se Jesus casou-se, se ele bebeu vinho, se ele fazia mesmo milagres, será muito mais produtivo se conseguir buscar e praticar o que ele mais ensinou: o Amor!

Assim, feliz daquele que chegar aqui nessa escola planetária, ainda com suas malas repletas de ódio, ganância, sentimento de vingança, orgulho, e outras mazelas que corrói a paz e a saúde, e após as vivências que a vida infalivelmente traz, puder, na volta, no retorno, ter na própria bagagem somente o aprendizado do AMOR e gratidão.

Então, saberemos que há motivo para as células, os DNA e RNA, os princípios universais, os planetas, os expurgos dos venenos em forma de doenças para aliviar o espírito intoxicado; e mais os motivos da família, dos professores amigos (e os não amigos, também são nossos professores), das exigências e pressões que a vida proporciona (“a vida nos exercita os nossos lados mais vulneráveis e enfraquecidos”), das marés da vida para nada se acomodar, nada paralisar, pois as águas já nos ensinam que quando se para, apodrece.


“Quando o pesquisador científico chegar ao topo do Conhecimento, há muito o sábio estará à sua espera!”


A razão de tudo: O Divino Amor!


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Jean Michel Jarre - Oxygen II
http://www.youtube.com/watch?v=hD4KMp22jBg




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terça-feira, 8 de abril de 2014

VISITANDO A LOJA MAÇÔNICA (desdobramento)


VISITANDO A LOJA MAÇÔNICA (desdobramento)
"autor": Nilton Bustamante

Ao adormecer, entrego o meu corpo físico aos cuidados de Jesus e de seus auxiliares. Minha alma avança para um ambiente conhecido: o interior de uma Loja Maçônica.

Percebo que não estou só, há outros Irmãos.

Todos se dirigem ao Irmão Eduardo Carvalho Monteiro, ex-Venerável Mestre da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Amphora Lucis. Eduardo havia desencarnado há pouco tempo.

Convidam-no, mentalmente, a seguir para o Oriente Eterno (“designação da Maçonaria para a habitação das almas após a ‘morte’. A Ordem não afirma se esta habitação é definitiva ou provisória, nem a descreve como um local ou um estado da alma. Esta definição teria por fim afirmar a crença dos maçons na vida após a 'morte', sem dogmatizar”). Mas, o nosso Irmão Eduardo está confuso, hesitante. Encontra-se na linha entre os hemisférios e não se decide.

O Irmão Eduardo e eu, somos amigos, nutrimos sempre muito respeito um ao outro. Olha-me ele, e percebo que me reconheceu nessa atmosfera mental, de certa forma nova e confusa. Refaço, mentalmente, o convite para ele seguir ao Oriente Eterno. Indico com a mão o caminho. Ele, por fim, confia, atravessa a linha que separa os mundos material e o espiritual, e segue. Não mais o vejo.

Muito provavelmente, fui convidado para esse significativo momento para presenciar de alguma forma, dado a ligação de confiança que nos uniu.

E em milésimo de segundo desperto. Agradeço. Faço minha prece e iniciamos um novo dia, uma nova manhã, tanto quanto nosso querido Irmão Eduardo em sua nova morada.


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Vivaldi - Gloria

http://www.youtube.com/watch?v=RMHguvZPcqQ&

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