quarta-feira, 29 de março de 2017

NEM CIGARRA NEM FORMIGA



NEM CIGARRA NEM FORMIGA
Autor: Nilton Bustamante

Não me levem a mal, já a essas poucas horas do dia
Preciso antes mesmo de dizer bom dia
Pra vida,
Preciso do meu gole de poesia

Não é questão de aguentar o que está para vir,
É que preciso deseducar meu coração
Que lhe insistiram que deveria ser rude para ser forte
Quando, ao contrário, é tão lindo ser apenas humano
Sentir tudo que pulsa sangue
Conhecer o íntimo dos labirintos
Que nos faz pensar e crescer

Nem cigarra nem formiga
Apenas poeta
A deixar a vida mais bonita, outras cores
Outras levezas, outras incertezas
Pois de tudo o que se faz
É viver

Buscar o amor
E ao encontrar a joia rara oferecer à primeira andorinha
Anunciando o verão para outras mais que somente conheciam
O inverno, única estação

Se de única boca de tantas outras bocas das guerras todas,
A mais linda oração
Pedindo paz, pedindo que basta, que não aguenta mais
Tanta dor
Já valerão todos os sonhos, as poesias


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Cristina Branco - Fria Claridade (fado)



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terça-feira, 28 de março de 2017

AGRADECIDOS CORAÇÕES


AGRADECIDOS CORAÇÕES
Autor: Nilton Bustamante

AGRADECER,
sim, agradecer sempre, a toda hora, a todo momento, a toda paz de pensamento, bálsamo que se experimenta como sendo algo sempre novo, diferente, com a sensação do sublime, água fresca em dias de insuportável calor...

Sabemos, muitas vezes as situações nos mostram dificuldades que temos que conhecer melhor e superar. Descobrir a coragem, a vontade de enfrentar. Porém, ainda que somos “solos”, ainda que se está na unidade do ser o vencer a si mesmo, os próprios medos, os despreparos, as ansiedades, e às vezes dias ou noites regadas à solidão suspirando uma falta qualquer, sempre há alguém que nos ama, que nos quer bem, que nos deseja toda a felicidade, que libera de seu coração energias que abraçam e acalmam as nossas indecisões e indicam o prumo quando estamos em difíceis e tortos caminhos.

AGRADECER,
sim, agradecer sempre, que a vida é mesmo bela, é mesmo excelsa, é divina riqueza em comunhão com as nossas necessárias trajetórias. Tivemos os melhores pais que poderíamos ter, tivemos as melhores famílias que poderíamos conceber, tivemos os melhores filhos que nos libertam de atrasos seculares para nos sentirmos deuses seguindo diante do espelho da vida maior o divino Pai que faz o Verbo Amar reger todos os universos e outros mais.

Sabemos, que nem sempre é fácil, que há tantos discursos para nos intimidar, para nos diminuir, para tirar nossos sonhos; muitas vezes ficamos com os pesos do passado e não saímos do lugar, ficamos em areias movediças com medo de se mexer, com medo de viver. Tenhamos, mesmo que timidamente, mesmo que vez ou outra, mas tenhamos a lucidez de pensamento e de vontade para abrir nossos corações, abrir todos os porões empoeirados com as tristezas e objetos mentais, psíquicos, que não servem para nada além de sofrer uma vez mais e mais; deixemos que a alegria nos invada, viver feliz não é ameaça para si, talvez ao mundo daqueles que se enraizaram nas angústias ou revoltas sem causa, contudo o mundo está precisando se acostumar com a felicidade alheia, quem sabe haveremos de entender de vez que as intrigas, as guerras, as disputas doentias são frutos apodrecidos que não servem para nada, nada, nada, nem para adubar o solo. O solo planetário já está saturado de sangue e crimes.

Antes ser um liberto da paz e do amor, que escravo das mesmas ideologias sem brilhos, enferrujadas, de políticas fracassadas que se repetem, aprisionam, e nunca mostram algo de bom, nunca oferecem algo realmente transformador para a humanidade alcançar um passo além, para melhor. Antes de ir atrás de alguém empunhando uma bandeira, uma causa, analise qual é a sentença, se a sentença é de vida ou de morte, se há valor moral, decência, que pode transformar a escuridão com um novo sol.

Antes ser sem o peso das revoltas, sem ter que possuir a seleção de máscaras dos bailes de Veneza, e viver simples com a simplicidade do Amor e gratidão!

Que fique registrado em nossos livros da vida, que queremos nos libertar do atraso moral e espiritual; falta muito, muita coisa precisamos rever, a quantidade é imensa de lições para se saber novamente e aprender de vez o real sentido, que a caminhada cósmica já é de muitos planetas em planetas, vidas após vidas dentro da Vida Maior, e que felicidade agora, neste átimo do tempo dentro do próprio tempo que nos cabe, em vislumbrar que é possível evoluir, progredir, se curar, sentir e oferecer melhores sentimentos; pois, é tão certo quando se diz que quanto mais se oferece o Amor, mais ele se avoluma, se expande, cresce e se estabelece entre os seres vivos, nos ensinando repartir o verdadeiro pão.

Nesses filmes de mocinhos e bandidos, de conquistadores e conquistados que a humanidade se lançou ao longo das eras, será pó, será transformado em véu de esquecimento para dar trégua aos tormentos, para ceder lugar à longa e silenciosa transformação que a Mão Invisível opera, chamado Destino que se escolhe seus papéis.

O homem, filho da Luz, surgiu para alcançar todas as habilidades, todas as Ciências celestiais − que superaram há muito as ciências dos homens −, amadurecer para melhor Amar e melhor Servir, então, queridos irmãos e irmãs, aproveitemos essas imponderáveis oportunidades neste planeta azul para sermos repetidores das ondas das Alturas Angelicais, e permitirmos que nasça um lindo sorriso em nossos agradecidos corações.

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Ennio Morricone - Cinema Paradiso
https://www.youtube.com/watch?v=WSkyoyyvnAY

TUDO QUE SENTIMOS


TUDO QUE SENTIMOS
autor: Nilton Bustamante

Ah, eu rio de mim, eu rio de ti
Andando como se anda as ondas da praia
De lá pra cá, de cá seguindo o mar
Andando descalços, molhando as pontas das roupas
Que ficam pelo caminho
Ah, eu rio de ti, eu rio de mim
Andando mãos dadas, fechando os olhos
Feito crianças buscando
A emoção de seguir voando sem asas algumas,
Como se fosse possível
Uma tarde mais longa que a outra
Não querendo deixar a noite vir

Ah, meu amor,
Cantas comigo, cantas o que for
Que nada mais bonito que viver a vida com quem se ama
Quando se deseja com tanta dor no peito
O suave que se leva no olhar
Acreditar que esta vida é mesmo doce
Tão doce quanto
Amanhecer
E saber que não foi desta vez
Que a noite levou em sonho
Tudo que sentimos
Tudo que permitimos
Que é mesmo real
Andar sobre nuvens
Para além do tempo todo
Quando seremos um dia história
Dessas transformadas
Em cantigas, dessas cantigas sentidas
Tão atuais e tão antigas feito o amor

E já que a espera segue estrelas,
Janelas abertas
A espera
Que a vida em estrada traga o que mais se suspirou
Abra teu coração de sangue e vinho
E fiques com beijo meu,
Pois de mim nada mais possuo, tudo o que me fora de melhor agora é teu



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Cristina Branco - Água e Mel



sexta-feira, 10 de março de 2017

O MELHOR DOS DIAS


O MELHOR DOS DIAS
Autor: Nilton Bustamante
Ficaria hoje, como sendo o melhor dos dias esperando a noite
A noite da espera da madrugada
Braços abertos de quem fica a esperar o ser amado
Nos melhores sonhos, nos melhores sentidos,
Desejos que atordecem e cura a alma
Das solidões, do terrível mal que é falta de amor

Ah, andaria por todas as estradas, estradas de estrelas
Significando o esforço de se desprender das durezas da vida
Arrancando versos das áridas incertezas,
O que preciso for para olhar no fundo dos olhos dos olhos
De quem se ama, para mergulhar e não mais voltar
Ficar no íntimo, na magia do encontro,
Alimentando o mesmo silêncio, perturbador silêncio,
Que se diz tudo, ou quase tudo
De que se queria dizer desde sempre, desde antes
De chegar o dia, amanhecer

Ficaria hoje, como sendo o melhor dos dias esperando você chegar






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Rafael Fraga: Canto de Amor (Carlos Paredes)






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PREFÁCIO


Prefácio
Sobre a obra “Luz Viva em Novos Sonhos”, de Norberto de Moraes Alves

Escrever é uma responsabilidade com as palavras-universos e seus portais.

Quando fui pela primeira vez na residência do poeta Norberto de Moraes Alves para conhecê-lo em carne, osso e poesia foi um acontecimento marcante, especial para mim. Dessas coisas que a vida não pede licença, nem nos avisa e nos deixa de calças curtas, o chão se vai e não diz quando voltará...

No ambiente elegante − mais elegante ainda o anfitrião −, forma-se outra ponta do triângulo: no alto de um retrato, moldura em forma de cachos de uvas, em madeira, lindo sorriso feminino invade toda a sala. O olhar azul do poeta desbota-se. Lágrimas lavam pouco mais a alma. Fala-me da jovem, fala-me com palavras-universos dos portais do amor.

Começa ali, o meu respeito e admiração pelo ser humano que se tornou poeta há muito. Não se inibiu em emocionar-se diante de um estranho, em primeira visita.

Sentimento jorrando sem disfarces, foi o que presenciei.

− Sim, quando o ser humano deixa de ser pedra e consegue sensibilizar-se a tal ponto a transmutar emoção em algo que se solta, talvez a própria alma, ladeira abaixo, em forma de lágrimas, alquimia, é sua Iniciação para a poética da vida. Emocionar-se em ver, ao longe, o apertado abraço de um casal ao léu; o abrir das pétalas em outros abraços à luz da existência; ficar com o coração apertado com a injustiça; acreditar e tirar os pés do chão sem o medo das alturas, sem se deixar levar na crença do não possível, esquecer-se de todos os limites, trafegar das estrelas aos lábios em segredo, conhecer os códigos das palavras em delicadas tramas de arte, visitando em corajosas bandeiras as partes mais desconhecidas da própria alma... −.
Pois bem, alguns anos se passaram...

Encontrei-me há poucas semanas com o poeta Norberto, outra vez em sua residência, na Cidade da Poesia, Bragança Paulista, SP, (não poderia ser melhor lugar).  Logo pensei: a poesia deve estar lhe fazendo bem; é o que lhe mantém a vida. Aparentemente sereno, mas seus olhos − outra vez os seus olhos −, o denunciavam. Havia inquietude. Chamou-me muita atenção a sua aparência, o seu jeito, pois o “Norba” parecia ser o irmão gêmeo de Dom Quixote, de Cervantes. A elegância, a nobreza, a poesia por alimento, o amor entre dedos, e a coragem de produzir nova obra no auge de seus oitenta e cinco primaveras, primaveras que libertam as flores do frio e na alma a força da Luz Viva em Novos Sonhos.

Li, o boneco do livro, pois, à la “Carta à Garcia”, veio-me o convite em fazer o prefácio.

Tarefa agradável e com grande significado para mim. Uma honra. E, ao passar por cada palavra-universo, cada verso, frases em prosa, eram todas com as delicadas matérias primas de alma livre, alma do poeta de olhos azuis acostumados a se desbotarem a cada sublime emoção. Fiquei tentando seguir o imaginário do autor, repleto de sabedoria daqueles que assistiram os rios dobrarem-se pelas esquinas e sabem de suas correntezas, das partes profundas, o que é perigo e o que é diversão, encantam-se com os reflexos do sol e das estrelas sobre os espelhos de água, como se fora sempre primeira vez... E a cada camada de linhas lidas, as pérolas foram-se amontoadas – tantas − enriquecendo o meu coração de leitor. O que dizer de “Se apesar de tudo, não conseguir marcar de amor minha vida, então não serei capaz de me sentir humano e de me pensar poeta...” ou, “Por que a pressa? A estrada é longa e mal começa.”, e ainda, “Preciso tanto saber de mim”. E nem destaco mais outras preciosidades para não tirar a surpresa dos futuros leitores e dos inúmeros fãs do poeta.

Essa obra que nasce, “Luz Viva em Novos Sonhos”, não é promessa em vão, é a mais nova esperança de se lidar com saudades, amizades, amor possível, possível amor, certos desesperos, alguns apelos, e o mais importante: conhecer “esse caminho de flores azuis” do poeta, Norberto de Moraes Alves.


                                                                                      
                                                                            
                                                                        Nilton Bustamante
                                                                           escritor e poeta

− deixando de ser pedra, após ler esse livro do poeta Norberto De La Mancha de Moraes Alves –





 

ESSA FALTA DE AR


ESSA FALTA DE AR
   Nilton Bustamante

Olhando assim em seus olhos
sou levado
nesse seu jeito de se esgueirar
deixando em mim essa falta de ar,
suspirando qualquer coisa
que ainda não entendo...

Esse sorriso triste,
desfila,
encanta o mundo,
e eu me encarrego pra lhe dizer,
ajoelhado aos seus pés,
que enxergo o amor em todo o seu ser,
esse andar se esfregando no ar
feito gata angorá,
feito mulher que desejo,
pra ser minha namorada.

O mundo não precisa de roupas caras
nem outras jornadas
das vitrines vazias,
é mais, muito mais que isso,
essa vontade de viver a plenitude,
voar até onde for impossível
sem olhar para as asas se são de ceras
ou de incertezas
sem se preocupar com o tamanho do tombo
apenas deixar valer a pena

Ah, essa sua mão no peito
um tanto do trejeito
querendo acalmar o que talvez não queira calar,
nem agora nem pra depois,
esse olhar de longe fixando segredos
ao mesmo tempo quem não tem nada a esconder,
que abre os braços, mede o vazio que falta ser ocupado

Ah, esse sorriso triste
com olhar desses de se apaixonar, esse jeito de quem quer amar
quem não consegue viver só, mesmo andando todo esse tempo
procurando, procurando o que sempre quis
abrindo aos poucos a cortina, querendo saber do mundo, lançando
seus olhares espaçonaves nas galáxias lotadas de imensos vazios.

Mas, agora, sei, encontrei quem sempre procurei,
Alguém que também gosta de beijar
o beijo que vem de longe,
pegar asas sem se importar
se são de ceras ou incertezas
que nos levam, docemente, a amar
o desconhecido...
ao ficar em nós, talvez esquecido
talvez sentido, magoado,
pela ausência
de um abraço qualquer




MENSAGEM DO CORAÇÃO


MENSAGEM DO CORAÇÃO

Amigos,

sabemos que o mundo em que nos encontramos tem suas carências, suas dificuldades e, diante de tudo e de nós próprios, imprimimos os medos,
os receios, os labirintos, acreditando nas ondas coletivas de desarmonia que se agigantam em nosso trabalho, em nosso lar, família, relações sociais,
trânsito, governo, desgoverno, saúde, amores possíveis, possíveis amores, questões existenciais e muito mais...  Pensamos que não há mais saída.

Mas, a vida, pode ser modificada se modificarmos o nosso Eu, os nossos pensamentos, os nossos sentimentos.
Podemos influenciar, positivamente, o coletivo na harmonia das relações ao desqualificar e rejeitarmos todo tipo de conflito.

O nosso tempo é rápido, muito rápido, rapidíssimo na face planetária, com nosso equipamento de carne e osso e sangue... E sempre haverá tempo
dentro do próprio tempo para fazermos o que é certo, o que é moralmente melhor, mais inspirador no Bem e no Amor.

Podemos dizer NÃO à guerra de todo tipo, dizer NÃO à nossas guerras pessoais, amadurecermos com inteligência.

Não nos damos conta que quando tomamos posições pessoais, políticas, ou de qualquer tipo, não precisamos nos alimentar do ódio tóxico nem desprestigiar
quem for de pensamento ou posição contrária. Devemos nos pautar em que acreditamos sem que com isso façamos papéis infantis ficando de mal com o mundo,
ou nomeando, pejorativamente, esses ou aqueles.

O rancor, o ódio, a inveja, o ciúmes, a ganância desenfreada, o sentimento de vingança, são SENTIMENTOS ENVENENADOS que "matam" a saúde de quem os produzem.

Por isso, valorizemos a nossa vida, o nosso bem estar, o tempo planetário (pouco em que temos), nos ocupando com a CONFIANÇA, com a SAÚDE mental e orgânica,
com BONS PENSAMENTOS, e BONS SENTIMENTOS, para ser boas, no mínimo satisfatórias as nossas realizações. Não mais ficaremos doentes, se a vida não nos der
o que queremos desesperadamente feito crianças mimadas. Viver um dia de cada vez, com calma, tranquilidade para lidar com qualquer situação, valorizando
a vida, valorizando as pessoas, aceitando-as como cada qual consegue ser ao mundo, tanto que nós também somos aceitos pelo mundo como somos.

Não podemos nem conseguiremos VIVER a vida das pessoas. Cada qual viverá a sua. Somos, por essência, responsáveis pelos nossos atos. Podemos ser solidários
ensejando o melhor, fazendo o nosso melhor, mas não poderemos viver a vida dos filhos, dos parceiros e parceiras, nem de amigos, nem de ninguém, a não ser a nossa mesma.
Sejamos partículas, ativas, positivas, para irradiarmos a paz e o bem ao se desejar bom dia, boa tarde e boa noite com o coração e não com a boca. Sejamos amorosos
para frequentarmos esferas afins, pelo mérito, para melhor nos prepararmos para sermos úteis em outras esferas menos felizes quando formos convocados, quando for preciso.

Podemos ter muitas desculpas decoradas, mas o sofrimento que experimentamos são oriundos de nossos desequilíbrios, em qualquer área de nossas atividades.

Tenhamos fé na humanidade! Essencialmente são somos todos IRMÃOS, originados do CRIADOR DA VIDA e em tudo o que há nela e fora dela. Esse Divino Ser que originou
todos os universos e os universos todos.

Tenhamos fé em nós mesmos!, pois os filhos de Deus são seres magníficos com o poder de transformar e realizar obras de magnitudes impensáveis.

Se, neste planeta, há ainda aqueles que se satisfazem em matar, roubar, ludibriar, mentir, dominar os menos preparados, são circunstâncias dos tempos evolutivos.
E este estado de degeneração acaba nos servindo de referência, para fazermos TUDO quanto nos leve seguir um outro caminho, um caminho de luz, de paz,
de conhecimento para bem servir, envolvidos com o AMOR. Sim, temos que fazer a aliança, inquebrantável, com o Amor.

Chegaremos aos estágios mais avançados do Conhecimento Pleno, mas, precisa-se dar um passo de cada vez. Não importa a velocidade, importa a direção certa.

E, no amanhã, quando deixarmos esse corpo-roupa-de-astronauta-planetário e voltarmos para a nossa verdadeira pátria, oh felicidade, oh indizível alegria,
se tivermos dados alguns passos na direção certa e, assim, contribuído para um ambiente mais apropriado à vida terrestre para os que já habitam e para outros que voltarão.

Com amor, Lux et Pax até sempre!



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Vivaldi - Gloria - 2 - Et in terra pax




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EXTRATERRESTRES


EXTRATERRESTRES
Nilton Bustamante

Ao longo das eras, o homem procura algo que lhe mostre quem ele é, de onde vem e outras questões existenciais.
Em dado momento, a questão dos extraterrestres, alienígenas, e outras designações, ficou sendo o tema central das preocupações e buscas além humanas.
 
O homem serviu-se de mirantes, outras técnicas de enquadramento dos céus, instrumentos de lentes ou ondas cada vez mais poderosas. E varrem os possíveis céus nas noites de seus mistérios.
Buscam literaturas, ou dos segredos de instituições filosóficas, iniciáticas; fazem filmes, normalmente horripilantes lançando bombas e armas cada vez mais destrutivas para “receber” os visitantes de outros orbes, outras galáxias. Os homens, exploram o medo do desconhecido e das crendices populares, ganham cada qual no que buscam.
Com o avanço de outras tecnologias, chegou-se, então aos telescópios, ou outras designações técnicas que se queira dar, que são lançados no espaço, seguem seus percursos cósmicos. E o homem procura, procura, procura e tanto que procura, que chegará cada vez mais perto, mais perto, até bater com a ponta do nariz no espelho. E descobrirá, por fim, que o “extraterrestre”, o “alienígena” é ele próprio. Saberá, que o ser humano planetário é o viajante cósmico em imigração de planeta em planeta.
Não somos isolados nesse(s) universo(s), há VIDA por todos os lados, mesmo nesta Terra. Não há um único modelo de vida, ou de viventes. Há outros seres em vibrações, energias, em densidades diferentes, em que nossas percepções mais focadas ao que rege nossas constituições físicas, orgânicas e mentais não percebem, não captam, por enquanto. É como se pegássemos uma luneta, telescópio, binóculos para procurar um ser extraterrestre que sua constituição fosse somente o “ar”. Ficaremos procurando o “nada”, e o pessimismo dos céticos aumentando.
Os homens precisam sair da infância intelectual e, principalmente, evoluir e muito a própria moral, para ensaiar outras percepções. E os “outros seres”, no tempo adequado, cedo ou tarde, se mostrarão.
Mas, sim, os “extraterrestres” também somos nós!
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PELO MENOS AGORA


PELO MENOS AGORA
Nilton Bustamante

Sim, já tive muitos dias, muitas vezes cara azeda, fechada pro mundo, sem vontade de conversar...
Sim, é verdade. Mas, hoje, pelo menos agora, não, não é mais assim. Meu coração está leve, feliz, e quero mentalizar quem vem me visitar em pensamento, abrir-lhe portas e janelas, arejar, colocar nas salas de minha alma jardim vivo em vez de vaso de flores, para homenagear à vida e tudo quanto representa as conquistas evolutivas do bem querer.
 
Hoje estou ouvindo músicas sem rádio, sem qualquer outro aparelho a não ser a felicidade, estou dançando com todos que queiram dançar a coreografia livre do Amor, esse Amor que nos eleva, que nos faz jogar fora armas de pedras que nos levam ao fundo de sofrimentos; hoje estou assim, sem receios de expor o que sinto, o que desejo, hippie dos tempos atuais sem símbolos, que sabe distinguir os risos sinceros dos sarcásticos, temerários. Sabemos que os que fomentam guerras e intrigas, no fundo, pedem socorro “matando” o outro que lhe é espelho, que lhe faz ver o que mais receia dentro de si, ou que desejaria ser ou ter.
Sim, já tive muitos dias, muitas vezes cara azeda, fechada pro mundo, sem vontade de conversar... Mas, hoje, pelo menos agora, quero ser Amor.


SOBRE A MORTE



SOBRE A MORTE
    Nilton Bustamante

Sofremos com a morte de alguém, principalmente quando trata-se de pessoa próxima, querida. Essa morte que o ser segue viagem para outro lugar, outra dimensão, sem mais a possibilidade do físico e o tanger da materialidade. Achamos, tudo acabou.

Ao longo do tempo, nos apoiando em outras instruções, outros conhecimentos, vão-se clareando a mente e aliviando o coração, ao aceitarmos plausível que a vida não termina, não se esgota, nem acaba; se aqui “chegamos” à humanidade terrestre, é que “viemos” de um outro lugar e para lá ou outra semelhança de densidade vibratória retornaremos.

Se considerarmos que aqui tudo é passageiro, exceto o bem que se conquista, podemos questionar se na “Pátria Celestial”, a verdadeira morada, os do “lado de lá”, também passam pelo fenômeno da morte, se eles, como nós, choram os que se foram, partiram, para outras provisórias moradas? E os amigos da Espiritualidade nos esclarecem que, sim, há também a lamentação em grande número, mesmo sabendo que será para uma boa causa, a viagem, o imigrar para outro planeta, outra região, escola-oficina das oportunidades do que se precisa aprender, vivenciar, pois, para aqueles que se despedem, pensam que “viver” no planeta Terra é ir habitar um túmulo de carne e osso, que apodrece, como apodrecem todos os túmulos... Mas, com a nossa pouca experiência, já sabemos que não há esse “sentido de túmulo” em nosso corpo físico, há, sim, uma maneira de se aparelhar, provisoriamente, para poder habitar e transitar à forma e meios próprios planetários, deste orbe.

O apego, com o tempo, deixará de ser sofrimento, dará lugar à alegria das oportunidades em evoluir. E se amamos alguém, desejaremos do fundo do coração, que esse alguém evolua em direção à Luz! A saudade será própria daqueles que amam, que se querem bem, mas as lamentações deixaram de ter significado ou razão.

Somos de chegadas e partidas! Não é assim com os mecanismos da existência espiritual? Não é também dessa forma que deixamos de ser crianças, tornamo-nos adultos e formamos novas famílias em novos lares?

Chegará o tempo que a “presença” será outra, de outra forma, a presença será a irradiação constante de Amor entre mentes e corações!

Somos barcos à vela se mirando no sol!

domingo, 5 de março de 2017

HOMENS PLANETÁRIOS


HOMENS PLANETÁRIOS
autor: Nilton Bustamante

Oh, homens planetários, já é hora de darmos glória à vida, não percamos o precioso tempo que nos resta amargando as mesmas desgraças, ou outras mais.
O ódio, o rancor, os vícios todos, as respostas prontas para os mesmos crimes,  ou outros mais, somente deixam o solo ensanguentado, e o ar irrespirável, e a esperança desacreditada.

Pois, saibam,
do roubo, do ouro não levaremos nem as traças,
do suborno, somente os desequilíbrios,
do estupro, a longa solidão,
da mentira, as portas e janelas fechadas antes que se peçam novas rendições,
das ameaças, as antigas fadigas,
das ilusões, os tédios das melancolias e depressões...

Oh, homens planetários, já é hora de darmos glória à vida, morremos na alma o tanto que guardamos de veneno dentro de cada um de nós.
Culpamos a tudo e a todos, por tudo e por todos.
O outro é sempre o pior, é sempre o maior culpado, mas, o que somos? O que temos feito? O que temos desejado?
O quanto ainda somos mal educados, infantilizados nos desejos e ações?
No que nos tornamos melhores a tal ponto de termos a verdadeira paz?
Temos somente a insolência, a desobediência ao que promulga o Amor.
Blasfemamos e achamos graça. Não respeitamos as rugas do tempo em nosso corpo, achamos que damos jeito para tudo, queremos enganar até Deus com falsas promessas, barganhas e contradições.

Qual o peso, qual a medida em nossas balanças? Passamos o longo dos anos, no tempo dentro do próprio tempo, e o que insistimos em fazer, a não ser nos cobrir de esconderijos e frágeis ilusões.

Conhecemos nossas chagas ao fechar de velhos olhos e ao abrir dos novos dias. Lastimamo-nos desde muito, desde então. Nossas mãos não são limpas, para se dizer o mínimo e culpamos, mais uma vez, as políticas e as rebeliões, os novos e velhos tempos; mas, somos os mesmos, que enegrecemos ao redor, ao impedirmos os melhores brilhos, muito além do que o próprio sol possa ser.

Oh, homens planetários, que exploram o próprio homem, se fazem nação, religião, exploram os locais e os vizinhos, a fé e as míseras condições...

Os séculos se passam e parece tudo perdido, tudo esquecido.
Parece que nada muda, sempre as cenas de mortes e guerras, usuras, e escravidão; mas, não, não e outra vez não, oh, homens planetários!

Uma Consciência Maior, divina, nos impele a darmos um passo, somente um passo de cada vez em direção à paz!

Gesto de boa vontade é, em suma, libertação!

Em cada coração a brilhar em seu lar, em seu trabalho, em sua rua, em sua cidade, país... Em cada coração será templo, conhecerá a ascensão.
Saibam que, mesmo quando outras forças a nos levar à escuridão, se estivermos na vigência do Amor, saberemos a Luz.

Apenas um ato, um pensamento, uma oração com o teor de o verdadeiro Amor, auxiliarão tudo quanto se abomina, todos quanto são eleitos inimigos, para conhecerem energias excelsas nas intenções dessa comunhão. Valerá a pena, valerá o risco. Muitos não sabem nem ao menos pedir, nem ao menos orar, vivem cegos e alucinados em seus dramas, em seus ódios particulares e coletivos. Esquecem-se que são gente, e se lançam nas desorientações equivocadas de ideologia, e de mundo, e se rebaixam aos instintos, menos que dos animais.

Sim, valerá a pena, o esforço, a nova conduta, pois as sombras e o sofrimentos já temos; então, ao menos teremos a chance da Luz iluminando o nosso íntimo, expandindo o nosso ser.

Em um tempo ou outro, de uma forma ou outra, todos aqueles que são manchetes de tristezas nos próprios livros de suas vidas, se cansarão de sofrer e de fazer os outros sofrerem e terão que tomar outra conduta, outra atitude, tanto que o tempo das oportunidades estão se findando, e novos lares em outros planetas muito mais difíceis estarão à espera desses aprendizes que repetem as mesmas capitulações.

Oh, homens planetários, há uma força Maior de Luz e Sabedoria solicitando-nos companhia, para serem nossos sóis, que nos farão enxergar de vez ao Deus Criador do Amor.

Oh, homens, que as vossas existências, tanto quanto as nossas, não sejam fugazes, não sejam em vão...

Sejamos pelo Amor, que a Natureza se transformará em outra, em tudo que nem sequer podemos ainda imaginar.


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Vivaldi – Gloria
https://www.youtube.com/watch?v=RMHguvZPcqQ






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