PELO
MENOS AGORA
Nilton
Bustamante
Sim, já
tive muitos dias, muitas vezes cara azeda, fechada pro mundo, sem vontade de
conversar...
Sim, é
verdade. Mas, hoje, pelo menos agora, não, não é mais assim. Meu coração está
leve, feliz, e quero mentalizar quem vem me visitar em pensamento, abrir-lhe
portas e janelas, arejar, colocar nas salas de minha alma jardim vivo em vez de
vaso de flores, para homenagear à vida e tudo quanto representa as conquistas
evolutivas do bem querer.
Hoje estou ouvindo músicas sem rádio, sem qualquer outro aparelho a não ser a felicidade, estou dançando com todos que queiram dançar a coreografia livre do Amor, esse Amor que nos eleva, que nos faz jogar fora armas de pedras que nos levam ao fundo de sofrimentos; hoje estou assim, sem receios de expor o que sinto, o que desejo, hippie dos tempos atuais sem símbolos, que sabe distinguir os risos sinceros dos sarcásticos, temerários. Sabemos que os que fomentam guerras e intrigas, no fundo, pedem socorro “matando” o outro que lhe é espelho, que lhe faz ver o que mais receia dentro de si, ou que desejaria ser ou ter.
Sim, já
tive muitos dias, muitas vezes cara azeda, fechada pro mundo, sem vontade de
conversar... Mas, hoje, pelo menos agora, quero ser Amor.
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