ESSA
FALTA DE AR
Nilton Bustamante
Olhando
assim em seus olhos
sou
levado
nesse
seu jeito de se esgueirar
deixando
em mim essa falta de ar,
suspirando
qualquer coisa
que
ainda não entendo...
Esse
sorriso triste,
desfila,
desfila,
encanta
o mundo,
e
eu me encarrego pra lhe dizer,
ajoelhado
aos seus pés,
que
enxergo o amor em todo o seu ser,
esse
andar se esfregando no ar
feito
gata angorá,
feito
mulher que desejo,
pra
ser minha namorada.
O
mundo não precisa de roupas caras
nem
outras jornadas
das
vitrines vazias,
é
mais, muito mais que isso,
essa
vontade de viver a plenitude,
voar
até onde for impossível
sem
olhar para as asas se são de ceras
ou
de incertezas
sem se preocupar com o tamanho do tombo
apenas deixar valer a pena
sem se preocupar com o tamanho do tombo
apenas deixar valer a pena
Ah,
essa sua mão no peito
um
tanto do trejeito
querendo
acalmar o que talvez não queira calar,
nem
agora nem pra depois,
esse
olhar de longe fixando segredos
ao
mesmo tempo quem não tem nada a esconder,
que
abre os braços, mede o vazio que falta ser ocupado
Ah, esse sorriso triste
com
olhar desses de se apaixonar, esse jeito de quem quer amar
quem
não consegue viver só, mesmo andando todo esse tempo
procurando,
procurando o que sempre quis
abrindo
aos poucos a cortina, querendo saber do mundo, lançando
seus olhares espaçonaves nas galáxias lotadas de imensos vazios.
seus olhares espaçonaves nas galáxias lotadas de imensos vazios.
Mas,
agora, sei, encontrei quem sempre procurei,
Alguém
que também gosta de beijar
o
beijo que vem de longe,
pegar
asas sem se importar
se
são de ceras ou incertezas
que
nos levam, docemente, a amar
o desconhecido...
o desconhecido...
ao
ficar em nós, talvez esquecido
talvez sentido, magoado,
pela ausência
de um abraço qualquer
talvez sentido, magoado,
pela ausência
de um abraço qualquer
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