domingo, 5 de março de 2017

HOMENS PLANETÁRIOS


HOMENS PLANETÁRIOS
autor: Nilton Bustamante

Oh, homens planetários, já é hora de darmos glória à vida, não percamos o precioso tempo que nos resta amargando as mesmas desgraças, ou outras mais.
O ódio, o rancor, os vícios todos, as respostas prontas para os mesmos crimes,  ou outros mais, somente deixam o solo ensanguentado, e o ar irrespirável, e a esperança desacreditada.

Pois, saibam,
do roubo, do ouro não levaremos nem as traças,
do suborno, somente os desequilíbrios,
do estupro, a longa solidão,
da mentira, as portas e janelas fechadas antes que se peçam novas rendições,
das ameaças, as antigas fadigas,
das ilusões, os tédios das melancolias e depressões...

Oh, homens planetários, já é hora de darmos glória à vida, morremos na alma o tanto que guardamos de veneno dentro de cada um de nós.
Culpamos a tudo e a todos, por tudo e por todos.
O outro é sempre o pior, é sempre o maior culpado, mas, o que somos? O que temos feito? O que temos desejado?
O quanto ainda somos mal educados, infantilizados nos desejos e ações?
No que nos tornamos melhores a tal ponto de termos a verdadeira paz?
Temos somente a insolência, a desobediência ao que promulga o Amor.
Blasfemamos e achamos graça. Não respeitamos as rugas do tempo em nosso corpo, achamos que damos jeito para tudo, queremos enganar até Deus com falsas promessas, barganhas e contradições.

Qual o peso, qual a medida em nossas balanças? Passamos o longo dos anos, no tempo dentro do próprio tempo, e o que insistimos em fazer, a não ser nos cobrir de esconderijos e frágeis ilusões.

Conhecemos nossas chagas ao fechar de velhos olhos e ao abrir dos novos dias. Lastimamo-nos desde muito, desde então. Nossas mãos não são limpas, para se dizer o mínimo e culpamos, mais uma vez, as políticas e as rebeliões, os novos e velhos tempos; mas, somos os mesmos, que enegrecemos ao redor, ao impedirmos os melhores brilhos, muito além do que o próprio sol possa ser.

Oh, homens planetários, que exploram o próprio homem, se fazem nação, religião, exploram os locais e os vizinhos, a fé e as míseras condições...

Os séculos se passam e parece tudo perdido, tudo esquecido.
Parece que nada muda, sempre as cenas de mortes e guerras, usuras, e escravidão; mas, não, não e outra vez não, oh, homens planetários!

Uma Consciência Maior, divina, nos impele a darmos um passo, somente um passo de cada vez em direção à paz!

Gesto de boa vontade é, em suma, libertação!

Em cada coração a brilhar em seu lar, em seu trabalho, em sua rua, em sua cidade, país... Em cada coração será templo, conhecerá a ascensão.
Saibam que, mesmo quando outras forças a nos levar à escuridão, se estivermos na vigência do Amor, saberemos a Luz.

Apenas um ato, um pensamento, uma oração com o teor de o verdadeiro Amor, auxiliarão tudo quanto se abomina, todos quanto são eleitos inimigos, para conhecerem energias excelsas nas intenções dessa comunhão. Valerá a pena, valerá o risco. Muitos não sabem nem ao menos pedir, nem ao menos orar, vivem cegos e alucinados em seus dramas, em seus ódios particulares e coletivos. Esquecem-se que são gente, e se lançam nas desorientações equivocadas de ideologia, e de mundo, e se rebaixam aos instintos, menos que dos animais.

Sim, valerá a pena, o esforço, a nova conduta, pois as sombras e o sofrimentos já temos; então, ao menos teremos a chance da Luz iluminando o nosso íntimo, expandindo o nosso ser.

Em um tempo ou outro, de uma forma ou outra, todos aqueles que são manchetes de tristezas nos próprios livros de suas vidas, se cansarão de sofrer e de fazer os outros sofrerem e terão que tomar outra conduta, outra atitude, tanto que o tempo das oportunidades estão se findando, e novos lares em outros planetas muito mais difíceis estarão à espera desses aprendizes que repetem as mesmas capitulações.

Oh, homens planetários, há uma força Maior de Luz e Sabedoria solicitando-nos companhia, para serem nossos sóis, que nos farão enxergar de vez ao Deus Criador do Amor.

Oh, homens, que as vossas existências, tanto quanto as nossas, não sejam fugazes, não sejam em vão...

Sejamos pelo Amor, que a Natureza se transformará em outra, em tudo que nem sequer podemos ainda imaginar.


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Vivaldi – Gloria
https://www.youtube.com/watch?v=RMHguvZPcqQ






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