sexta-feira, 10 de março de 2017

SOBRE A MORTE



SOBRE A MORTE
    Nilton Bustamante

Sofremos com a morte de alguém, principalmente quando trata-se de pessoa próxima, querida. Essa morte que o ser segue viagem para outro lugar, outra dimensão, sem mais a possibilidade do físico e o tanger da materialidade. Achamos, tudo acabou.

Ao longo do tempo, nos apoiando em outras instruções, outros conhecimentos, vão-se clareando a mente e aliviando o coração, ao aceitarmos plausível que a vida não termina, não se esgota, nem acaba; se aqui “chegamos” à humanidade terrestre, é que “viemos” de um outro lugar e para lá ou outra semelhança de densidade vibratória retornaremos.

Se considerarmos que aqui tudo é passageiro, exceto o bem que se conquista, podemos questionar se na “Pátria Celestial”, a verdadeira morada, os do “lado de lá”, também passam pelo fenômeno da morte, se eles, como nós, choram os que se foram, partiram, para outras provisórias moradas? E os amigos da Espiritualidade nos esclarecem que, sim, há também a lamentação em grande número, mesmo sabendo que será para uma boa causa, a viagem, o imigrar para outro planeta, outra região, escola-oficina das oportunidades do que se precisa aprender, vivenciar, pois, para aqueles que se despedem, pensam que “viver” no planeta Terra é ir habitar um túmulo de carne e osso, que apodrece, como apodrecem todos os túmulos... Mas, com a nossa pouca experiência, já sabemos que não há esse “sentido de túmulo” em nosso corpo físico, há, sim, uma maneira de se aparelhar, provisoriamente, para poder habitar e transitar à forma e meios próprios planetários, deste orbe.

O apego, com o tempo, deixará de ser sofrimento, dará lugar à alegria das oportunidades em evoluir. E se amamos alguém, desejaremos do fundo do coração, que esse alguém evolua em direção à Luz! A saudade será própria daqueles que amam, que se querem bem, mas as lamentações deixaram de ter significado ou razão.

Somos de chegadas e partidas! Não é assim com os mecanismos da existência espiritual? Não é também dessa forma que deixamos de ser crianças, tornamo-nos adultos e formamos novas famílias em novos lares?

Chegará o tempo que a “presença” será outra, de outra forma, a presença será a irradiação constante de Amor entre mentes e corações!

Somos barcos à vela se mirando no sol!

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