domingo, 17 de fevereiro de 2013


QUANDO HÁ AMOR

“autor”: Nilton Bustamante

Um homem chamado “Humanidade” levava uma vida como quem está em desespero, como se estivesse o tempo todo em quarto escuro, mentalmente sem portas e janelas, sem saber o que fazer para encontrar a felicidade, o prazer de viver. A desesperança sugava-lhe as forças. O medo era maior que tudo, maior que todos! Sabia que muitos estavam feito ele, assustados, entretidos com jogos de mentir, roubar, matar, trair, subtrair sonhos alheios... A fé era motivo de riso, sem nenhum sentido para aqueles que viraram escombros de gerações após gerações nos rochedos da noite sem fim.

Qual a direção a seguir se a insegurança paralisa, se a ignorância é tamanha?

Um dia surgiu outro homem, esse chamado “Amor”, que andou semeando algo não sabido até então: ideias libertadoras não conhecidas pelas consciências, que era preciso dar espaço no coração para a tolerância, o perdão, generosidade, caridade, paz, amabilidade, que o abraço precisaria abraçar todo e qualquer outro semelhante, que o semelhante era sempre um irmão. Disse ainda que a alma sem amor é como a casa sem família, poderá até possuir habitantes, mas não é um lar... E que há um Pai Criador que preparou do grão de areia às brisas; das estrelas e todos os tempos, e promoveu caminhos impensáveis para que a vida seguisse suas jornadas e seus filhos tornarem-se deuses e continuadores de sua Grande Obra...

Esse homem chamado “Humanidade” que levava uma vida como quem está em desespero, como se estivesse o tempo todo em quarto escuro, mentalmente sem portas e janelas, sem saber o que fazer para encontrar a felicidade, o prazer de viver, recebeu uma dessas sementes que aquele homem chamado “Amor” havia lançado. Germinou uma vontade, tímida vontade, mas o suficiente para que ele, mesmo envolvido com trevas, erguesse sua fronte e ensaiasse algum sentimento que fosse sua oração. Pediu para o Pai Criador uma nova força, alguma esperança, pois estava cansado de sofrer, que desejava que algum milagre lhe alcançasse, e que alguma vontade superior o libertasse daquele “quarto escuro”, que lhe aprisionava sem portas e janelas e lembrou que havia muitos feito ele que precisavam desse mesmo auxílio, dessa mesma semente... Nesse exato momento, algo extraordinário aconteceu: Apareceu-lhe o homem chamado “Amor” que lhe cercou de todos os cuidados. E grandes e poderosas lentes ficaram ao redor do homem “Humanidade” que orava do seu jeito, mas de forma sincera. E aquela prece, ainda pequenina faísca, que poderia nada significar pela grande treva que reinava, mas com o auxílio dessas lentes tornaram-se um poderoso farol a iluminar não só o ambiente mas também ao longe, muito longe, chegando àqueles que haviam sucumbidos e precisavam de uma Luz que os ajudassem a evitar naufrágios e encontrar caminhos seguros.

Pelo mérito, pela boa vontade, do homem “Humanidade” em ter se lembrado e orado pelo bem de outros, que nem conhecia, mas que no íntimo sabia que eram necessitados tanto quanto ele, foi-lhe entregue a benção e o milagre solicitado lhe alcançou pela vontade superior.

Jesus Cristo coloca potentes lentes ao redor das preces de Amor, formando um verdadeiro farol em torre alta, focando bendita luz em todas as direções onde se encontram nossos irmãos necessitados de auxílio, esperança, benditas energias, vibrações de misericórdia e encaminhamentos para segurança de todos os passos... O verdadeiro milagre é quando se ora com Amor!

Para quem tem AMOR e expressa esse AMOR tudo é possível, basta uma única faísca!

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N.A.: esse texto foi-me inspirado no “Pronto Socorro Espiritual Pais e Filhos”, em 16/02/2013, na palestra sobre “O Evangelho no Lar”, pelo irmão Kunta.


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