sábado, 23 de maio de 2015

BUDAPESTE


BUDAPESTE
Autor: Nilton Bustamante

Eu toparia uma viagem
Dessas como sou
Mas adoraria alguém que me levasse
Cuidasse de tudo,
E eu só tivesse que seguir

Conhecer outros prumos, outros resumos
Deixar de ser muralha
Me embebedar de outros ares, outras culturas de pedras, imaginárias
Pelos becos, pelas ruas que ainda não conheço
Esfregar os lábios na língua de quem pode ser ainda meu bem

Quero ainda ser Budapeste
Invadida pela sede de poder
Escrachar o verbo, me fazer jogar as brancas meias três-quartos
Colocar os pés no Danúbio, sentir seu frio de morte,
E fazer do amor e do gozo meus gerúndios,
Feito novas flores que há em mim mas que brota
Somente além-mar, somente para quem vier me buscar
E deixar o encanto do simples desabrochar do sonho do amor

Porque tenho aromas franceses e italianos em meu sangue
E não sei mesmo ficar sem meias
Tenho frio que aquece de outro jeito, outras maneiras
Andando pelas margens das margens
Que meu corpo de mulher sangra, que ainda sangra alguém que cuidasse de mim


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(Homenagem à amiga que fica entre dando aulas no Dante e viajando em sonhos)





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Rick Wakeman - 

Guinevere

https://www.youtube.com/watch?v=0Nz-ihhb9ms



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Um comentário:

  1. Precioso poema para una ciudad muy especial que me encanta. También yo escribí una poesía dedicado a Budapest. Te dejo el enlace por si quieres echar un vistazo:

    http://blogliterarioyfotografico.blogspot.com.es/2011/02/danubio-blanco.html

    Un abrazo

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