NEM TUDO É FESTA
Por Nilton Bustamante, em desdobramento de alma
De madrugada, desperto com alguém enviando-me a seguinte
mensagem: “Pai, envia-nos de vossa Luz, guardai-nos contra todos aqueles de
agressividade moral!”.
Volto a adormecer, e eis que, novamente, desperto com a
mesma mensagem, nítida, em alto bom e som...
Por ser perto das 5 horas, durmo novamente, só que desta vez
sou levado, em desdobramento de alma, por uma irmã na postura de orientadora,
séria e silenciosa. Estamos em um lugar que lembra praia semi-habitada. Chega
um grupo, pequena turba de homens e mulheres, a maioria jovens, que lançam as
suas roupas ao chão e correm para os locais mais afastados em frenesi
descomunal; parece que há grande desespero neles.
Não tarda e essas pessoas começam a fazer orgias; no
entanto, a vibração vinda deles traz algo constrangedor, infame, ruim de se
sentir e ver. Tratam o sexo de forma muito feia, abaixo dos instintos, se é que
eu possa assim me expressar.
A orientadora, essa irmã que estava ao meu lado,
mentalmente, chama a atenção do grupo, em vão. Um irmão, de pele negra,
imediatamente chega perto de nós e tenta impedir qualquer manifestação de nossa
parte. E o delírio no ambiente é cada vez maior.
Sou trazido, em velocidade espantosa, para meu corpo físico
e começo a entender o motivo do “Pai, envia-nos de vossa Luz, guardai-nos
contra todos aqueles de agressividade moral!”. De certa forma, acredito, era um
alerta para eu mesmo não cair em ciladas de minhas precariedades morais, e
aprender algo com tudo aquilo, de alguma forma diante do quadro daqueles irmãos
desajustados. Nisso, vem-me à lembrança as palavras orientadoras de nossos
irmãos na última reunião na Casa Espírita (onde estudamos, pouco a pouco, as
obras básicas da codificação de Kardec) sobre os cuidados com os destemperos morais que costumam rondar
os seres humanos, encarnados e desencarnados, nas festividades do Carnaval.
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