quarta-feira, 24 de abril de 2013

MENINO JESUS NO TEMPLO



MENINO JESUS NO TEMPLO
autor: Nilton Bustamante

Quando Jesus em seu primeiro momento de falar aos homens, cercou-se de seus anjos e, em algum lugar com aqueles que da lei eram doutores, foi sol a lançar seus raios de sabedoria igualmente a todos, afirmações excelsas, informações abrasando os corações curiosos dos grandes homens em seus trajes solenes que lhe ouviam em reações de admiração...

Quanto mais o menino, ao alto de seus doze anos, passava o tanto que podiam os ou
vidos dos honoráveis senhores, mais era a atmosfera repleta de céus sobrecaídos aos olhos das almas dos guardiães das tradições mosaicas. A sinagoga fora tomada por egrégora jamais sentida, jamais absorvida...

Três dias, três noites, os homens esqueceram-se de suas humanas naturezas. A fome, o cansaço, o medo do desconhecido deram lugar ao melhor sentido de todas as orações que um dia entoaram ao Pai de Abraão, Moisés e David. Cercaram o menino com curiosidade e respeito. Mal respiravam, mal tinham coragem de interromper aquele com os hinos dos anjos em cada palavra, em cada frase, em cada entonação, em cada singular olhar pelo infinito. Dizia o menino, com toda a clareza: “Meu Pai que está nos céus de todos os céus...” e assim já prenunciava o que seria suas falas, suas rogativas, suas súplicas de filho do divino Princípio. E tudo era novo, e tudo era conforto nos olhares enxaguados pelas fortes emoções daqueles senhores judeus.

No primeiro momento as palavras se alinhavam para as grandes noções entre o Espírito e o mundo dos homens, entre as organizações iniciáticas do ser que da carne tornava novo lar e todos os principais objetivos do roteiro do plano Maior para este ínfimo planeta que enfeita o imponderável universo. Naquele momento, do Amor pouco falou, pois em seu íntimo Jesus sabia que tudo é ao seu tempo. E já era demais aos círculos de mentes em limitados estágios que o cercavam quase à fascinação...

Aos três dias de perguntas e respostas, terminou o trabalho no templo. Felizes os novos operários retornaram às suas casas, sem voz, sem ter o que dizer, como dizer, para quem dizer... José e Maria, finalmente, ocuparam-se, novamente, de seu filho, o menino Jesus, que ainda os interpela às novas posturas, entendimento e caminho a seguir...

Das estrelas que sincronizavam raios de pureza e conforto, ensejavam ao menino as orações das Alturas, para que pudesse dar os seus próximos passos, com as chaves libertadoras da Boa Nova aos homens: a bendita Luz que atravessa os tempos dos tempos para focar, acompanhar e abençoar todo aquele que torna e retorna neste planeta escola-oficina, para se graduar no Amor.

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ALBINONI: ADAGIO
http://www.youtube.com/watch?v=OL1oSGgrEuk

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