domingo, 26 de outubro de 2014

OS CÉUS ACOMPANHAM A TODOS


OS CÉUS ACOMPANHAM A TODOS
por: Nilton Bustamante (em desdobramento da alma)
Destaco-me do meu corpo carnal e sou levado a um lugar muito, muito distante.
O inóspito se faz presente.
Sei que algo muito grave aconteceu. Dá para sentir no ar. Grave agressão contra a essência da vida.
Uma força me faz andar, seguir em frente por aquelas paragens. O terreno é difícil, pedregoso.
Vejo uma elevação à esquerda. Homens se movimentam, me observam e somem.
Na sequência, um grupo vem em minha direção. Noto suas roupas e o aspecto físico lembram aqueles agrupamentos sociais nômades da Mongólia. Mas, algo me diz que não são mongóis. Sinto fortemente o psiquismo deles... E não é nada agradável. Vejo-os envolvidos com o consumo e a produção de drogas. Passam por mim desconfiados, com medo que eu descubra algo.
Mantenho-me na mesma direção, sempre andando.
Um segundo grupo, logo aparece e vem da mesma forma em minha direção. São de outra etnia. As vestimentas já são diferentes. São bem trabalhadas. Dá para se notar um padrão social mais elitizado. Sinto que devo fazer uma reverência. Inclino minha cabeça à moda dos orientais. O chefe desse grupo, que vinha à frente, vira o rosto para outro lado, querendo demonstrar todo o repúdio que sentia com a minha presença. Passam por mim e se vão.
E não muito distante, o terceiro grupo. Este maior.
As pessoas são completamente diferentes das anteriores. Percebo uma certa simplicidade neles. O que vem à frente, em claro destaque hierárquico, para diante de mim. Faço reverência com a cabeça. E o homem de pronto emite um pensamento em forte vibração, quase que um grito com uma certa angústia, querendo se explicar: “você pode falar em japonês que também iremos entender. Não temos culpa alguma do grave ocorrido!”
Sem eu ser juiz de nada nem de ninguém, percebo sinceridade e a verdade no que emitia aquele homem.
E sem dar tempo de entender tudo aquilo, em um impulso de alma, emito um pensamento tranquilizador ao meu interlocutor:
“Os meus olhos veem o que vocês fazem. Vejo a gratidão do ar; vejo a gratidão da terra; vejo a gratidão das águas; vejo a gratidão dos céus!”
E diante da admiração e alívio no íntimo deste grupo, continuo:
“Os meus olhos veem com alegria a presença de vocês, o meu coração sente alegria em abraçar a amizade de todos vocês!”
Neste exato momento, sou trazido como um raio, volto para o meu corpo físico. E alguém que me acompanhava de forma invisível, me emana: “esses irmãos são originários da Manchúria. Eles precisavam ter esse contato, confirmando que estão no caminho certo e que têm a gratidão dos céus! E é muito importante mantê-los naquela região para servir de exemplo, bom exemplo aos demais!”
Algo da paz toma conta de mim e a gratidão por eu ser convocado a servir de alguma forma para os instrutores dos bons propósitos.
,,,
Em tempo:
(Despertado, corro ao computador, e vou pesquisar sobre a Manchúria, e fico sabendo que esse povo foi duramente invadido pelos japoneses em tempos de guerra. Entendo, assim, porque aquele homem me dissera que eu poderia falar em japonês que entenderiam).
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Manchurian Song & Script [Hargaxame wecere alin]
https://www.youtube.com/watch?v=Jgy-1dnRqmQ
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