sexta-feira, 3 de outubro de 2014

TEMPO VADIO




TEMPO VADIO
Autor: Nilton Bustamante

Qual é a pressa se a pressa pode esperar a manhã chegar
Se podemos desfilar sobre as roupas pelo chão
Passarela
Que nos leva feito passarinhos ao nosso ninho de amor

Essa coisa gostosa pelo ar
Esse perfume de corpos no cio
Que queimam feito pavios
Em explosões de vontades contidas por tanto tempo vadio

Sem nada por fazer
Sem nada que faça chegar o abraço ao fechar dos olhos
Suspirar mais uma saudade
Dos toques que se lançam pelos olhares antes dos corpos chegarem
Somos águas que escorrem
E encharcam as palavras poemas, poesias que nos deixam alegres e tristes
Assim como as cartas
Escritas com a ponta do coração que nos deixam aos pedaços, aos suspiros
Ser tatuagem em quem se quer marcar o para sempre,
O eterno momento
Fotografias livres e prisioneiras de um conto, uma história de amor
Que fizemos pra nós dois...

Quem sabe estaremos
Em algum livro, do alto da estante
Para futuros amantes
Se mirarem neste amor que um dia
Você deu pra mim, e eu pra você

.

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