terça-feira, 25 de novembro de 2014

QUANDO CAEM ESPADAS DOS CÉUS


QUANDO CAEM ESPADAS DOS CÉUS
por Nilton Bustamante

Quando dos trabalhos espirituais de desobsessão na casa de orações, quarta-feira, em 19 de novembro de 2014, com os nossos olhos cerrados, algo muito real mostrou-se diante de nossas mentes; porém mais que uma tela de cinema, plasmada, era como se fôssemos levados, sem ao menos percebermos, para um ambiente campal, rústico, de outras épocas, de outros costumes, em longínquo continente. Apresentaram-se muitos homens que, um a um, se agrupavam sobre seus cavalos com grande destreza, tinham roupas e aparência que nos sugeria serem da Mongólia ou regiões vizinhas...

Quem comandava o grande grupo de cavalarianos, era um homem que se destoava pela energia do comando, pelo olhar frio e penetrante, daqueles que impõem nos outros um sentimento diferente de respeito, impõem o medo ameaçador. Esse comandante possuía a fama que lhe antecedia em quaisquer paragens em que chegava: a de fazer os seus inimigos “sorrirem” para ele, sempre. E esse “sorrir” era abrir a faca e a espada os cantos da boca, de orelha a orelha dos seus oponentes. Terrivelmente, ficavam com o “sorriso do medonho”. Gabava-se, esse rude homem, que não havia inimigo que lhe fazia cara feia em sua frente!

Essa peregrinação de atrocidades alongou-se após os desencarnes de toda essa turba de guerreiros. Mantinha-se os mesmos modos, os mesmos grosseiros costumes, mas que agora, algo muito importante aconteceria. E aparentemente estávamos ali para assistir, apreender, e quem sabe nessa comunhão entre energias do mundo espiritual com o anímico estaríamos para um bom propósito.

Em menos de um piscar de olhos, vislumbramos uma força vinda dos céus e que tirou as espadas das mãos dos guerreiros, feito a irresistível força de um imenso, imponderável e invisível imã escondido nas alturas. O insólito estava diante dos olhos de todos, principalmente dos assustados e desarmados homens, que esforçavam-se para não caírem de seus, agora, incontroláveis cavalos que arranhavam com as patas o ar e o vazio. Todas as espadas subiram, velozmente, às alturas, apontando os céus; mas até chegarem a certo ponto. Depois disso, ficaram imóveis. Os homens, incrédulos, não conseguiam tirar os olhos das espadas e no que estava acontecendo. E, de repente, muito lentamente, quase que em câmera lenta, as espadas que pareciam espetadas nos céus, começaram a girar e tomar sentido contrário, com as pontas agora em direção daqueles homens. Aí o alvoroço se fez de vez, todos escapuliram sem direção, para onde era possível. Mas, o grande comandante, foi o único que caiu do cavalo. Ficou estendido no solo de terra firme, fixando o olhar nas espadas nos céus. Chuvas de espadas desceram como raios. E ficaram encravadas no chão até na altura das empunhaduras. Muitas e muitas ao redor do aterrorizado comandante, sem no entanto acertar-lhe uma se quer. Depois daquela saraivada de espadas, parecia que tudo havia terminado, porém, no céu ficou somente uma espada. As pupilas do homem petrificado ao chão, sem forças, sem meios para reagir, nem mesmo para a fuga, reconheceu, de alguma forma, que aquela era a sua espada, a espada que rasgou incontáveis bocas, desfigurando as faces de infelizes vítimas. De imediato, a espada veio a mil em sua direção. Quando ele pensou ser seu fim, a ponta da espada parou a décimos de centímetro entre seus olhos. E assim ficou, em ângulo reto, vibrando uma força ameaçadora, a um triz de ferir ao aturdido homem; sendo que o mesmo ficou ali, estagnado, olhando fixamente para a aguda ponta do início do fio da lâmina, como se seu orgulho estivesse dominado por um invisível oponente que lhe impunha uma derrota nunca antes amargada em suas incontáveis lutas.

Um irmão da Espiritualidade Maior se aproxima sem mostrar-se, e nos vibra em onda mental: “esse nosso irmão, terá que ficar dessa forma, preso, inerte diante da ameaça da própria espada; assim foi feito para auxilia-lo em manter o seu pensamento fixado, sem desviar-se para as outras viciosas questões da brutalidade em que estava acostumado. Usou-se a linguagem que ele entende. Ficará sentindo a ação desse salutar momento para suas reflexões, íntimas reflexões, que, no tempo certo, as fará despertar para outras saudáveis formas de pensar, dando-lhe molde para futuras ações que lhe serão úteis para a sua própria evolução.”

Neste exato momento, nossa atenção foi trazida para o ambiente da reunião espírita, para a mecânica própria de outros acontecimentos e afazeres mediúnicos.



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Mozart - Requiem




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