O UNIVERSO, ESCOLA
INFINDÁVEL
por Nilton Bustamante (em desdobramento da alma)
O domingo já havia passado e o sono veio-me rápido, sem o perceber.
Fui convocado pela Espiritualidade para fazer parte de uma ação socorrista, percebi que havia outros que eram almas de encarnados nessa reunião.
Em fração menor que a de um segundo, plasmaram quem
deveríamos socorrer. Mostraram-nos a queda vertiginosa de um paraquedista em
lugar ignorado e muito distante, era outra parte do planeta de onde nos
encontrávamos.
Partimos em velocidade espantosa. Percebi que haviam pelo
menos três almas de encarnados, tal como a minha, tentando chegar. Representou-me
um derby de corrida de cavalos cabeça-à-cabeça (e em mim a vontade egoísta e
vaidosa de querer chegar primeiro, coisa que me incomodou em seguida. Fiquei
com vergonha de mim mesmo).
Tivemos dificuldade em localizar o acidentado, tarefa que foi-nos resolvida pela ação de um Irmão Celestial, com a nítida postura de comando, e de elevada moral.
Encontramos vários fios. Começamos a manuseá-los. Pareciam
ser os fios do paraquedas − mas não tenho convicção disso −. Mas e o corpo onde
estaria? Ficamos com a incômoda interrogação. Até que encontramos o que seria apenas
os sinais delineados de um corpo no afundamento do solo. Só que não havia corpo
algum.
Resolvi fazer uma verificação mais atenta naqueles contornos,
quando reparei uma estrutura molecular de “outra dimensão” desconhecida por mim
(se é que eu poderia chamar dessa forma).
Havia somente o que deveria ser um pedaço, um seccionamento
de coluna humana que liga-se à cabeça, interrompida na altura do meio dorso. Uma
voz imperativa fez soar dentro de mim que eu deveria recolher o que havia
encontrado, imediatamente. Mas o surpreendente foi que ao tentar fazer isso,
toda aquela “estrutura”, aquela massa, coube na primeira pate do meu dedo
indicador. Um Irmão da Espiritualidade levou o que seria do acidentado. Saiu a
uma velocidade imponderável, indizível, à direita, em ângulo aproximado de 50º
graus.
Não sei como, eu já estava em outro lugar, e um Irmão
Orientador, veio com a postura de um professor para complementar a aula e disse-me
mentalmente:
“Aquilo que foi
encontrado era fragmento danificado da massa do períspirito do irmão
acidentado, não poderia ficar naquela circunstância de jeito algum. E a
dificuldade que você teve em localizar o lugar certo do acidente é que você
ainda precisa aprender essa fórmula – nisso ele plasmou em uma lousa imaginária
duas expressões matemáticas (algébricas) –, essas expressões são as mesmas
usadas no GPS, no entanto muito mais elaboradas, mais evoluídas...” – completou o solícito Irmão.
Não sei se o fato de eu ter que ter aulas de Matemática, ou
por já ter terminado o convite para minha presença naquela experiência além-corpo
em companhia de benévolos Irmãos, despertei no mesmo momento.
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