terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O UNIVERSO, ESCOLA INFINDÁVEL




O UNIVERSO, ESCOLA INFINDÁVEL
por Nilton Bustamante (em desdobramento da alma)

O domingo já havia passado e o sono veio-me rápido, sem o perceber.

Fui convocado pela Espiritualidade para fazer parte de uma ação socorrista, percebi que havia outros que eram almas de encarnados nessa reunião.

Em fração menor que a de um segundo, plasmaram quem deveríamos socorrer. Mostraram-nos a queda vertiginosa de um paraquedista em lugar ignorado e muito distante, era outra parte do planeta de onde nos encontrávamos.

Partimos em velocidade espantosa. Percebi que haviam pelo menos três almas de encarnados, tal como a minha, tentando chegar. Representou-me um derby de corrida de cavalos cabeça-à-cabeça (e em mim a vontade egoísta e vaidosa de querer chegar primeiro, coisa que me incomodou em seguida. Fiquei com vergonha de mim mesmo).

Tivemos dificuldade em localizar o acidentado, tarefa que foi-nos resolvida pela ação de um Irmão Celestial, com a nítida postura de comando, e de elevada moral.

Encontramos vários fios. Começamos a manuseá-los. Pareciam ser os fios do paraquedas − mas não tenho convicção disso −. Mas e o corpo onde estaria? Ficamos com a incômoda interrogação. Até que encontramos o que seria apenas os sinais delineados de um corpo no afundamento do solo. Só que não havia corpo algum.

Resolvi fazer uma verificação mais atenta naqueles contornos, quando reparei uma estrutura molecular de “outra dimensão” desconhecida por mim (se é que eu poderia chamar dessa forma).

Havia somente o que deveria ser um pedaço, um seccionamento de coluna humana que liga-se à cabeça, interrompida na altura do meio dorso. Uma voz imperativa fez soar dentro de mim que eu deveria recolher o que havia encontrado, imediatamente. Mas o surpreendente foi que ao tentar fazer isso, toda aquela “estrutura”, aquela massa, coube na primeira pate do meu dedo indicador. Um Irmão da Espiritualidade levou o que seria do acidentado. Saiu a uma velocidade imponderável, indizível, à direita, em ângulo aproximado de 50º graus.

Não sei como, eu já estava em outro lugar, e um Irmão Orientador, veio com a postura de um professor para complementar a aula e disse-me mentalmente:

Aquilo que foi encontrado era fragmento danificado da massa do períspirito do irmão acidentado, não poderia ficar naquela circunstância de jeito algum. E a dificuldade que você teve em localizar o lugar certo do acidente é que você ainda precisa aprender essa fórmula – nisso ele plasmou em uma lousa imaginária duas expressões matemáticas (algébricas) –, essas expressões são as mesmas usadas no GPS, no entanto muito mais elaboradas, mais evoluídas...”  – completou o solícito Irmão.

Não sei se o fato de eu ter que ter aulas de Matemática, ou por já ter terminado o convite para minha presença naquela experiência além-corpo em companhia de benévolos Irmãos, despertei no mesmo momento.


.................................


More Brendel: Schubert Op. 90/3



 ..............................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário