segunda-feira, 3 de abril de 2017

NOVO DIA

NOVO DIA Autor: Nilton Bustamante Rasgando tudo o que já foi tristeza, tudo que já foi engano sorrir ao viver, porque viver é ato de alegria, talvez fantasia dos dias que à noite se sonhou: tudo seria como deveria ser tudo que cada qual respeitou feitos pássaros ao deixar os ares atravessados no peito afagos que arranhou o que estava inteiro querendo ser provocado marcado para não se passar em vão lábios e ouvidos segredos descobertos deixados em caminhos chamados por igual, a tal felicidade Tudo seria como deveria ser corações exercendo suas missões ao mundo, levando ao alto a bandeira do amor Abrem-se às gentilezas, às tolerâncias, andam-se pelos verdes dos campos, lançam-se às montanhas possíveis de ver por trás do mundo, delicadeza dos gestos e das vozes em murmurar feito mar lançando cada palavra, como se lançam os navios a se aventurarem em promessas de voltar o antes possível para tudo recomeçar, tudo sentir novamente em delírio dos primeiros abraços, quase infantis, quase juvenis, coisas dos primeiros sonhos dos meninos e das meninas que não deixam o peso do mundo impedir o que mais se deseja, o que mais se buscou Ah, amor, Abra-te que nasceu a vontade que derruba todas as portas, todas as comportas, e com toda a força se abraça em macia magia de dois seres que não levam em conta nem as roupas nem os nus pois a explosão é muito mais a febre do querer muito mais que todas as alucinações o simples dos olhares que se encontram, que se inundam Dois planetas formando novo sol, sempre o raiar de novo dia

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