quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

YAACOV PETICOV


YAACOV PETICOV
(Autor: Nilton Bustamante, por desdobramento de alma)
Estava eu, em desdobramento de alma, em um auditório. Havia muita gente. Quem, de certa maneira, comandava por um momento o evento parecia ser o Silvio Santos (Senor Abravanel). Enquanto alguém falava à plateia, fiquei em um canto, próximo, desenhava ilustrações, algo sobre o sentido do que era dito naquele lugar.
Houve um hiato, senti que deveria subir ao palco. Comecei a falar. Senti que precisava dar algum alento para aquelas pessoas. Do pouco que me lembro, meu tema foi para levantar o ânimo de todos ali, percebi que eram de origem semita, falei-lhes, então, sobre a importância do povo judeu para a cultura da humanidade. Discorri sobre a grandeza do violino na cultura judaica e de que sempre houvera pessoas, judias, por detrás de grandes homens da música clássica, tais como Beethoven, Bach, Mozart, Chopin...
Nisso, passou por mim um jovem, sorriso nos lábios, mentalizou-me que havia gostado do que eu havia “falado”. Não sei dizer o porquê, mas alguém soprou-me que o nome dele era Yaacov Peticov (imagino que é assim a grafia do nome).
De repente, estava eu em outro lugar. Andava ao lado de um homem. Falei-lhe, mentalmente, sobre a passagem dessa vida para a Pátria Celestial. Confortava-lhe sobre seu filho que havia partido. Nisso a sua mulher chegou-nos, e ele a informou que era para me ouvir. Ela ironizou de maneira leve, perguntando se ele estava fazendo análise. Sentamo-nos, o homem e eu em um banco. A mulher, em seguida, sentou-se sem cerimônia no colo dele, deitou-se com a sua cabeça em meu colo e, ficou olhando o céu − intimamente, pensei, é ela que fará análise, agora. Fiquei muito surpreendido, pois aquela “mulher”, era na verdade um homem, inclusive com bigode. Tratava-se de um casal de mesmo sexo, mas, nitidamente, dava-se para perceber que, apesar do corpo masculino, a alma era totalmente feminina.
A mulher assustou-se, quando, comecei a falar sobre o filho deles. Resumidamente, do pouco que ainda permanece na tona do meu consciente, falei-lhe que aquilo que Deus cria não se desfaz, não se acaba, não se extingue. Pode-se tomar outra forma, outro lugar, e falando, mental e calmamente, afirmei que a alma do filho querido era parte da essência do divino, e isso já o qualificava para um lugar na criação divina.
Finalizei, que as estrelas foram feitas para brilhar nos céus, e o filho querido que havia partido, da mesma forma, está em um lugar nas alturas. E quanto mais alto, melhor, o brilho alcançará maior número de pessoas.

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Fiddler on the Roof - performed by 14 year-old violinist Solene Le Van
https://www.youtube.com/watch?v=Db1fogJXDIY
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