(inspirado
no) “O Filme de Minha Vida”
autor:
Nilton Bustamante
Cabelo
qualquer jeito, desafiado pela idade, pelo vento,
Quem
sabe gravata ficasse melhor, ou aquele casaco, sobretudo pelo joelho,
Chegando
na estação, pouco de sol, muito de saudade,
Abrindo
a janela, sem camisa, frio percorrendo pelo peito.
O
cinema sem sair do lugar,
O
filme em sala escura para ninguém saber o real e no que irá dar
Nem
mesmo eu que estava ali, dentro de mim a névoa grossa, úmida, a bicicleta
correndo correndo correndo
Mãos
dadas com a sombra indo à frente querendo chegar,
Querendo
ficar,
Querendo
quem sabe o beijo, sentados sobre as pedras do rio
A boca
que se desentende salva pelos lábios que se encontram e selam a paz, quem sabe
o amor o amor amor
Música
francesa
Levantando
meus pés, seguindo sendo qualquer trago, qualquer fumaça
A namorada,
a estrada, a chuva, o trem, a vazia mesa,
Os
olhares câmera lenta sem tempo algum, cartas sem querer respostas
Tudo
tudo tudo para ser apenas “o filme de minha vida”
Confundindo
idas e chegadas, a mesma marca, a mesma cal,
Mesmo
início para saber como será a história,,,
E o
final quem abriu a própria alma, e sonhou
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Charles
Aznavour Hier encore
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