terça-feira, 19 de outubro de 2010

QUANDO O SIMPLES É MAIS



QUANDO O SIMPLES É MAIS
              Nilton Bustamante

Antena parabólica
Antena Antenada
GPS
Ou dá ou desce

Tanta tecnologia...
E eu só quero mirar meu bico no bico da amada

Qual é seu deus?
Qual é sua religação?
Partido?
Qual gosto, time, cpf, é certa a sua opinião?

Querem saber tudo...
E eu só quero pra quem bate meu coração

Tanta vitrine
Tantos perigos
Cercas
Tanto que se fechou a alma ficou pequena, nada mais vê

As praças estão imundas...
E eu só quero sentir à minha, outras mãos

Mesmo sem roupas
Não se consegue ficar nu
Perdido
Esconde-esconde que não é brincadeira

O chão tão mirado...
E eu só quero lembrar que há lua, há amor

Tantas caras e bocas, tantos falsetes, tantas descrenças
Encrencas da alma triste que vive em guerra, não tem sossego, nem mesmo consegue sentir o que é paz
E eu só quero que haja música, que haja silêncio, que haja prece, os abraços sem trincheiras e varandas

Antes que o dia me escureça,
E eu fique à toa sem saber o que estou fazendo, sem saber porque estou correndo, o que estou comendo,
Quero que a noite me ilumine, quero uma noite de amor!

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