quinta-feira, 3 de maio de 2012


À PROCURA DO AMOR
Autor: Nilton Bustamante

Ah! Essa procura do amor que despedaça os aventureiros, martiriza, faz sofrer... Mas o amor é bonito, liberta, faz o peso dos olhos presos ao chão ficar sem sentido, tudo fica mais leve, até o sorriso vem sem pedir licença, sem pedir opinião, tudo se transforma, tudo que se acreditou não ser possível deixa de ser cortinas escuras encobrindo o sol. A eternidade começa ser outra dimensão, passa ser começo.

Ah! Esse amor, essa intensidade, essa procura, quem sabe a sorte seja somente supertição, e tudo se mostra que é preciso coragem, firme opinião no prumo da estrela mais bonita. Ser inteiro, sereno, mas, quem sabe seja melhor as tempestades que revolvam o lógico, o singular, o individual? Casablanca como fazer para aí chegar? Não querer ir embora, antes de “sofrer” e provar o delírio da fissão das almas. Explodir atômico, anatômico, germinando felicidade à toa... Ah, esse amor!

Os verdes, os pretos, os castanhos dos olhares; os brancos, os negros, amarelos, vermelhos das peles; os marfins dos dentes; os longos, os curtos, crespos, lisos dos cabelos; as contas que flutuam para cima, para baixo, os nomes e sobrenomes, serão chaveiros pra desfilar? As questões do amor se processam principalmente nos interiores... Pra que vestir o amor com essas roupagens que de nada valem?

Ser múltipla estrela, sem querer saber o tamanho desse céu, ter somente beleza pra dizer, ah, esse amor, essa alegria de voar feito pássaro, quem sabe o ar quente de verão, sentir nas mãos a liberdade de ser mais que rainha e rei, ser além fronteiras, além montanhas e campos, ser outra dimensão, ter uma simples flor para plantar no lugar mais bonito, mesmo sendo sertão, mesmo o chão ser pedaço de torrão, o carinho é sempre mais gentil, sempre maior, a força da certeza de encontrar pelo mesmo caminho, outras procuradas pegadas, quando se busca o amor, esse amor, ah, esse amor!

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