quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
RUA SÃO CIPRIANO
RUA SÃO CIPRIANO
Nilton Bustamante
Ando pela rua São Cipriano
Ando ao meio-dia, rápido, olho o que posso
Ando à meia-noite, devagar, bem devagar,
Mesma rua, mesmo trajeto, tudo igual, tudo diferente
Ando pela rua São Cipriano
Falando sozinho, rápido, olho o que posso
Ando à meia-noite, devagar, bem devagar,
Mesma rua, mesmo trajeto, tudo igual, tudo diferente
Meio-dia meus fantasmas lá estão, à meia-noite também
O barulho me enlouquece, ouço o que posso
O silêncio me ensurdece, esqueço e me coço
A mesma ferida que sangra, sangra, me cansa, me cansa
Escorrendo seus nomes
Escorrendo seus nomes
Esse incômodo, esse tormento não é uma fome qualquer
É falta de fé, falta de paz, falta de colocar prece no altar
Essa fome de poesia que minha alma insiste
Em digerir, ruminar, montar pedaços trapos
Não me deixam, não, não me deixam,
Minha dualidade, meia-noite, meio-dia
Ando pela rua São Cipriano noite e dia, dia e noite,
Eu queimo meus pergaminhos e livros para me converter...
.'.
Lacrimosa - Mozart
http://www.youtube.com/watch?v=ga9JtmWbtTw&
.'.
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