quinta-feira, 7 de abril de 2011

ALERTA MÁXIMO



ALERTA MÁXIMO
Autor: Nilton Bustamante

Ódio alimenta ódio.

O mundo o que menos precisa é que em nome de nossas indignações façamos juízo de tudo e de todos com o peso da ira, da revolta, falsos moralismos e irracionalidade.

Normalmente, na separação que fazemos entre “bons” e “maus”, por iniciativa própria já achamos que o nosso lado é daqueles que estão no “Bem”. Mas, realmente, será mesmo?

Somos os primeiros a nos inocentar. Afinal, não matamos, não roubamos, não fazemos mal mais grave. Somente, quando muito, um mal menor, “coisa pouca”.  Mas, chegará o momento, que por certo ficaremos abismados – até mesmo tentaremos negar – quando verificarmos o quanto de nossas vibrações, pensamentos e ações contribuem – e muito – para o desequilíbrio das coletividades e das pessoas ao nosso redor. Ainda estamos nos estágios de fazermos justiças com as próprias mãos. Ainda purga de nós venenos mil que contribuem para a sujeira mental planetária.

Normalmente, aqueles que não se coadunam com o nosso modo de pensar, tornam-se “inimigos”, ou “personae non gratae”. Não percebemos quando, diante dos noticiários da televisão, desejamos facilmente a morte àqueles que são políticos corruptos, ou ladrões, ou assassinos, ou que estão nos presídios, ou que abusaram de crianças, ou que são de outros segmentos religiosos, filosóficos e políticos,  diferentes dos nossos, ou seja mais o que for a motivação, não estaremos sendo EM NADA melhores que os acusados.

O que estaremos contribuindo para aquelas pessoas desajustadas?

O que estaremos contribuindo à coletividade, ao planeta, a nós próprios, em nossos lares, principalmente?

Ódio alimenta ódio. E é isso que temos que ter em mente em nossas reflexões. Podemos já ouvir a gritaria geral: “mas, aquele fulano matou, estuprou, roubou, fez o que fez, e ainda quer que sejamos bonzinhos com ele?” (desabafa a turba).

Ser bonzinhos é uma coisa, ser bom é outra.

Devemos nos inclinar para uma reflexão maior, tanto quanto possível livre dos distúrbios emocionais, preconceitos e das impulsividades.

Aos crimes, as Leis.

No mundo dos homens a sociedade precisa ser instrumentalizada com o fortalecimentos das Instituições. E isso é uma busca contínua, árdua, que precisa do auxílio e amadurecimento das coletividades, pouco a pouco.

Ainda àqueles que buscam outras visões, podemos sugerir, que o Universo é TODO PERFEITO, e suas regulamentações e organização é em consonância com a Harmonia Universal das Causas e Efeitos. Nada e ninguém que agride essa Harmonia ficará impune. Não que DEUS é vingativo, ou punitivo, mas, o que rege é a Lei de Ação e Reação, estabelece assim a cada um segundo a sua própria obra, segundo as suas próprias ações ao mundo. E a surpresa é maior quando compreendemos que o Juiz que presidirá o julgamento de nossas causas será a nossa própria consciência e nenhum outro.

Ficará em nossas mãos a “Felicidade” ou  a “não ainda felicidade”. Tudo será o resultado do que criamos pelas nossas ações.

Então, podemos afirmar sem medo de errar, que TODOS NÓS, ainda que possamos ludibriar, profanar, mentir, subornar, ou se fazer de vítima, ou de iludido, ou seja o que for nesse sentido, estaremos sendo observados pela força silenciosa que nos impele à “colheita”, mesmo não sendo a “semeadura obrigatória”.

Até a inércia, até a letargia, nos será peso em nossas consciências cósmicas.

Inúmeros são os exemplos de pessoas abnegadas, que trabalharam e trabalham em favor da Humanidade – e por isso mesmo perseguidas e até mesmo assassinadas – mas, deixaram seus exemplos que superam o próprio tempo, superam as próprias dificuldades e guerras íntimas, humanas. E a marca em comum deixada por essas pessoas iluminadas é a chancela do amor. Compreenderam elas que há um ÚNICO caminho de superação, de supremacia da simplicidade e da expansão cósmica, chave para outros portais da busca do Grande Entendimento: AMOR.

O maior perigo, quando vemos um episódio de grande comoção, como o assassinato de crianças (inocentes nesta vida, porém a pluralidade das “existências” explicam muitas coisas), é perdermos de vez a razão e equilíbrio dos sentimentos. No impulso, logo colocamos para fora nossos “bichos”, nossos “demônios”, nossa ignorância e rancores. Imediatamente atribuímos aos culpados todas as (des)qualificações.

Tudo aquilo que nos remete à nossa própria insignificância, ao medo e receio daquilo que não conhecemos imputamos ao “outro”. Então, saem de nossas mentes e lábios, as condenações sumárias: “só podia ser muçulmano”; “só podia ser obra do demônio”; “só podia ser judeu”; “só podia ser árabe”; “só podia ser espírita”; “só podia ser evangélico”; “só podia ser isso ou aquilo”. O que não percebemos é que com essas atitudes, estamos nas mesmas vibrações dos crimes e dos criminosos que tanto julgamos. Se desejamos a morte e o sofrimento, lento ou rápido, aos criminosos, o que nos difere deles, por essência?

Podem dizer o que for, se é cunho religioso, ou não, mas, precisamos realmente relembrar um homem que foi injuriado, humilhado, perseguido, torturado, quando o seu “crime” era fazer o
Bem e levar aos homens a possibilidade de expandirem suas consciências para outros patamares nunca antes sonhado.

Fazer que os homens acostumados com seus olhares pesados ao chão, pudessem erguer suas frontes e vislumbrar outros planos, outros quadrantes, numa viagem maior. Saíssem de um quadro infantilizado para o amadurecimento do Ser. Porém, mesmo diante do sofrimento de toda essa perversão, Ele entendia o homem, Ele compreendia o estágio evolutivo daqueles ao seu redor, em seu tempo. Ele não desejou que seus algozes fossem para os “mármores quentes dos infernos”, nem nada parecido. Muito pelo contrário, antes mesmo de pedir perdão ao Pai em favor daqueles que eram os senhores da sua via-sacra, Ele já os havia perdoado. Sublimação.

Terão aqueles que dirão que não somos Jesus Cristo para perdoar ou ser tão altruístas. Contudo, o Exemplo está aí. Não podemos nos conformar, e nos acomodar em nossas estagnações seculares e não nos esforçarmos para o nosso próprio crescimento e redenção. E não há nada melhor que o AMOR para expandirmos mentes e almas na busca do Conhecimento e das Ciências Celestiais, pois o Amor a tudo tolera, compreende, espera, auxilia e abençoa.

Conheci um senhor, no bairro da Vila Mariana, muito culto, com muitos cursos universitários, e com uma simplicidade que contagiava. Quando soube que seu próprio filho acabara de ser assassinado, a primeira coisa que ele fez, foi orar pelos assassinos, e logo depois para o seu filho vitimado. Ele sabia que mais urgentemente necessitava de preces era aqueles que praticaram o crime. Sim, não é fácil, nem desejo que nenhum de nós passe por isso, por tal provação. Mas, esses exemplos só vêm confirmar que temos que tomar uma postura diante da vida, com melhor envergadura moral, com melhores sentimentos, tanto quanto possível. Passo a passo. Dia a dia. Uma manhã após um anoitecer. Um anoitecer após uma manhã. É da responsabilidade de cada um que habita esse planeta Terra torná-lo melhor de quando aqui chegou e se “despertou” gente. Está na condição humana a superação dos obstáculos e busca de satisfazer as suas “curiosidades”.

Ou através dos “alinhamentos planetários”, ou pela “Era de "Aquário”, ou de outras quaisquer explicações de vários segmentos do Conhecimento, o Alerta Máximo consiste em chamar atenção de todos que o solo deste planeta que nos acolhe está encharcado de sangue; há por demais muros; há por demais disputas insanas; há por demais campos de concentração; há por demais fome; há por demais doenças; há por demais solidão; há por demais comércio explorador; há por demais seres humanos largados à própria sorte; há por demais conflitos entre povos; há por demais conflitos entre pessoas, há por demais guerras no fundo da alma; há por demais Inquisições; há por demais mentiras, invejas, ciúmes, ganâncias, vícios de todo tipo. Há por demais pessoas sendo humilhadas e enganadas; há por demais ironias, rancores, cóleras e ideias animalizadas. Há por demais sofrimentos impostos à Natureza, aos seus reinos mineral, vegetal e animal. A vida é desqualificada a todo momento. E essas calamidades estão em processos de saturação e transformação apesar dos pessimistas, idolatras, os famintos insaciáveis de poder, os intelectualmente orgulhosos, os radicais de todo tipo, os agressores contra o Amor, e de cada um de nós que nada ou pouco contribui para o zelo da vida e da  espécie humana, ainda assim, e por isso mesmo, as marés universais estão agindo e modificando rapidamente a atmosfera espiritual desta Grande Morada e Escola planetária.

O tempo dentro do próprio tempo, concernente à convenção humana, está se esgotando, e não haverá mais oportunidades de aprender errando para acertar. Esta é uma lógica que está fadada ao desuso; está nas mãos de Deus o momento final da transformação planetária. E a Lei será implacável e Justa: muitos serão os “exilados de Capela.”
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O ódio alimenta ódio!

O Amor alimenta a Luz!

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Vivaldi: GLORIA
http://www.youtube.com/watch?v=RMHguvZPcqQ

 

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