sábado, 24 de março de 2012



PELO CAMINHO UMA PORTA, UMA JANELA
Autor: Nilton Bustamante 

Era apenas uma porta, uma janela... Ao menos parecia ser assim.
Abria pro nada logo na entrada do meio do caminho.

Talvez não fosse uma porta, nem janela, talvez fosse apenas uma tela, 
Ah, sim, uma tela, pois estavam um céu inteiro com sol e um coração visitando uma flor... 

Parecia coisa de magia, brincadeira de menina. 

Era apenas uma porta, uma janela, 
Com um trinco que não servia pra nada, enferrujado, sem uso 
- Pra quê, qual serventia teria mesmo ali? 

Mas, quando se abriu o que seria porta, o que seria janela no meio do caminho, 
Um mundo novo se abriu: a liberdade!, a descoberta!, a imaginação do ser!...
Que o ser é humano e possui raiz (tem os pés na terra),
É rio, lago, lágrimas e mar (possui todas as águas em si), 
É bicho ave pelos céus (arrasta-se, caça, voa pensamentos sem fim)...

Parecia coisa de magia, brincadeira de menina. 

Mas nunca mais o coração quis ir pra outro lugar, ficou ali, encantado,
E tudo parecia ser somente uma porta, uma janela no meio do caminho, esperando você chegar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário