quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CAMPANÁRIO DO AMOR


CAMPANÁRIO DO AMOR E JOANNA DE ÃNGELIS        18-11-2010, 06h00
        (por Nilton Bustamante, em desdobramento de alma)

Entremeada de campos que espalham paz em seus diversos verdes, destaca-se uma gradativa elevação coroada por uma construção que lembra um mosteiro, simples nas formas. Na parte central um campanário. Incontáveis freiras, silenciosas, concentradas em seus afazeres mais prementes de atenção atendem os desvalidos. As mãos, mente e coração de cada dessas religiosas formam interessante triângulo de luz. A interligação: a união entre o labor, intenção e sentimento. E muitos que aí chegam nem tem forças para mais nada. São os chamados “aqueles que ficaram no meio do caminho”. Recebem atenções especiais. O amor e o carinho, são as boas-vindas ofertadas pelas sereníssimas irmãs.

Uns chegam com as mentes torturadas, outros dilacerados pelas dores do arrependimento, outros cambaleantes, outros rastejantes. Uma força maior faz sentido movimento no íntimo desses menos afortunados que são vítimas de si próprios, de pretéritas ações viciosas nas irresponsabilidades do ser. De um modo ou de outro, chegam neste oásis da Redenção. Imediatamente, cada qual desses necessitados, recebem o abraço generoso, reconfortante, vibrações de preces benditas entornam conforto espiritual.

Próximo do lugar, um prolongado lago. Mais que espelhar a calma das águas, espelham a imagem de Jesus de Nazaré. Só de olhar, só de mirar tal quadro surpreendente logo se recebe benefícios incalculáveis, indescritíveis: cargas energéticas agem instantaneamente iniciando no tratamento para equilibrar mentes e corações desestruturados, necessitados de balsâmica regeneração.

O trabalho é incessante. Apesar de ser um vai-e-vem gigantesco, há ordem, há disciplina. Mas, o trabalho não se mostra por inteiro para quem vê apenas esse quadro, para quem vê apenas esses movimentos sem parar. Toda as seis horas da manhã e as seis horas da tarde – no tempo dos homens da Humanidade terrestre – essas irmãs regressam ao mosteiro que parece estar no alto do mundo, e lá, no interior, essas bem-aventuradas fazem coro à missa, missa celestial. Tal é a magnitude desse agrupamento de fervor caritativo, que a união das preces se concentra e toma "corpo" e vai em direção do grande sino ao alto do campanário, Campanário do Amor, que o faz ressoar; e a amplificação abraça um sentido absoluto nos planos divinos, que está muito além do que se possa explicar nos parâmetros humanos, aos parâmetros dos campos de realidade do homem terrestre. Aquela imensa energia beatificada é espargida, expandida, por todo o planeta Terra. Caem, suavemente, verdadeiras cachoeiras sem-fim de salutares vibrações que ainda o coração humano desconhece pulsar. Os endereços visitados são os agrupamentos de seres infelizes, ou de nossos irmãos planetários que estão à espera de um abraço, de uma palavra amiga, de um carinho, atenção – mínima que for –, necessitados de alimento para o corpo físico e de alimento para o espírito; irmãos nossos que já não têm forças para buscar ou prover suas próprias necessidades de sobrevivência, irmãos nossos que estão enclausurados nas fotografias mentais enternecidas de suas experiências inglórias, irmãos convivendo em lares que não conhecem a fraternidade, ou não se decidiram ao bem-querer, ou àqueles descrentes da vida, descrentes de si próprios, descrentes de tudo...

Se não houvessem esses apoios sistemáticos da Espiritualidade bendita, a humanidade já haveria sucumbido há muito tempo, pois ela por si não se sustenta.

Há de salientar que a prece campal, celestial, nesse verdadeiro santuário, o Campanário do Amor, quando das seis horas da tarde, a amplitude é significadamente muito maior. Nossa Mãe Maria Santíssima rege verdadeiras caravanas de seres que estão nas melhores alturas da hierarquias da Espiritualidade, visitam os filhos de Deus, encarnados ou desencarnados, que precisam de abrigo amigo, de saneadores cuidados para seus corpos físico ou espiritual. Nenhum habitante desse planeta Terra é esquecido, ou deixado de lado, a não ser que tomado de orgulho e arrogância o esfomeado não queira o alimento, a não ser que o adoentado não queira o remédio... e mesmo assim, todo o amparo é prontificado pela Caravana do Amor.

Voltando ao cenário do Campanário do Amor, onde tudo é paz e ordem, vemos muitas freiras, muitas incansáveis trabalhadoras em Cristo, todas de túnicas e sandálias simples e somente uma destoa-se, pois é de estatura pouco menor do que as outras e seus pés estão descalços. Minha pergunta chega com a resposta imediata: "Sim, é Joanna de Ângelis!"

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