terça-feira, 30 de novembro de 2010

TÃO SÓ EM PARIS


TÃO SÓ EM PARIS
autor: Nilton Bustamante

Nunca estive tão só em Paris
Seguindo pelas ruas que nunca andei
Sentindo os aromas daqui e pensando ser de lá, pensando ser francês

Seguindo com o olhar aviões que nunca voei que deixam suas marcas no ar
Ouvindo as línguas estrangeiras querendo encontrar alguém por lá
Que busco desde cá, desde sempre, desde para sempre
Eu que nunca estive tão só
Cadê o Concorde, cadê os acordes do velho acordeon no metrô?
E os pintores loucos tingindo suas telas?
E os poetas roucos gemendo suas letras?
E os casais nos cafés, deixando o mundo para trás?

Ruas, vielas, alamedas...
Souberam dos vinhos que tomei

Sigo zonzo, sigo tonto, sigo torto,
Por Paris que nunca fui, que nunca pisei...

É que eu tenho um coração que cabe todas as tonturas, todas as loucuras,
Até pensar que sou poeta, poeta que basta bater asas pra voar...

...


Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain
https://www.youtube.com/watch?v=aip3836VtZ0


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