quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

MI BUENOS AIRES QUERIDO (liberdade poética)


MI BUENOS AIRES QUERIDO
Nilton Bustamante

Mi Buenos Aires querido
O que eu te digo agora
Se já não posso mais ouvir Gardel sem chorar?

Mi Buenos Aires querido
O que eu te digo agora
Se minha lembrança sempre está "por una cabeza" fugindo dos generais?

Ah, Argentina, feminina terra minha com tuas flores do ceibo
Vermelho-carmim, color del corazón, meu coração
De tantos segredos, de tantas esperas e alguns desesperos
Não pude mais cuidar de teus jardins

Ah, mi Buenos Aires já te reclamei,
Já te enterrei e coloquei minha cruz,
Eu que jurei não mais pisar em tuas sombras,
Hoje já não posso mais viver sem ti...

Eu sei o que se passava com Exupéry
Já voei nas asas de um aviador, que não tinha medo das alturas
Talvez do amor, de tanto que tentou, aprendeu...
Eu sei, eu sei o que vivi, o que passei.


Poesia, diz, pode dizer quantas vezes fui do bandoneon, delicado solo.
Mas, se rio, se mar, se voo estrelas em noite longa, quem sabe é meu silêncio.
Se canto, se danço quem sabe é Piazzolla do meu pranto
Em noites quase vazias.

Ah, eu que já fui Dolores hoje sou Buenos Aires
Ah, Argentina, minha querida pátria amada, tu és minha, tão minha, tão minha...
Que agora, minha alma jovem e senhora, se veste com tuas cores,
La Reina del Plata, terra de meus amores,
Estou vivendo para sempre necessitando de ti

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N.A.: homenagem à uma querida amiga, que deixou Buenos Aires, nos tempos dos generais, com seu amado, aviador, viver em outras terras verdes e amarelas.

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Por Una Cabeza
http://www.youtube.com/watch?v=Gcxv7i02lXc



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