quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

MORTE ANUNCIADA



MORTE ANUNCIADA
   Nilton Bustamante

Parece fantasia acreditar que eu seria capaz
Zelar por quem tem apenas talento
Cuidar dos satélites e meteoros, jogar o lixo
Que insiste na porta e que não é meu

Parece fantasia pensar que eu seria capaz
Cuidar por quem tem apenas talento
Esse tormento sem amigo, somente satisfaz
Comendo o próprio vômito do violão

Chegará o dia que essa fome o vômito não mais saciará
Matará sem misericórdia e ambição as próprias cordas
Que um dia foi som, que um dia foi sonho, foi canção

Queria eu, agora, ser apenas mais um tolo e não ter o óbito dessa triste visão...

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